Axl Logan - 19 - Consequências

Esta é a história de um Sim chamado Axl Logan.

Acompanhe aqui suas aventuras (e desventuras)!

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Axl Logan

Livro I

Adormecido

Capítulo 19 – Consequências

Resumo do capítulo passado: Richard Geffen se apresenta à Axl e o convence (facilmente) a ir até seu pequeno estúdio, onde gravam uma canção; em uma reunião de trabalho com seus amigos detetives (Richardson e Adam), Elenor faz um escândalo, no restaurante Italiani, ao ver Liam no local com duas amigas dele; Isabella, extremamente deprimida, se joga na piscina da cobertura onde mora e passa mal.

Windenburg.

No Bar Lhama Gritadora.

[Música de Cena: Blake Shelton - The More I Drink]

Horas antes, aquele local estava cheio, lotado de Sims que curtiam o som de Blake Simton, famosa celebridade daquela nação, que, após ter tocado no Parque do Festival da Música, em Newcrest (e onde a Nordic Lhama também se apresentaria em poucos dias), foi parar naquele bar; o homem ainda cantava e tocava, mas apenas por diversão e excesso de néctar, já que sua banda e pessoal da produção já tinham retornado ao hotel alguns minutos atrás.

E, enquanto Dave ainda bebia (moderadamente) e conversava com Hadi, o Batera ficava com uma bela moça.

Mas o que ele não sabia era que uma conhecida sua, que também tinha ficado com ele duas vezes, em outros dias, também estava por ali e não ficou nada feliz com a cena vista...

— Ah, não! Fala sério!!! — Milana, a loira, se revoltou.

— Não te falei? Aquela guria não tem cara de fã como a gente não! Olha eles lá se beijando! — Daina, também com a blusa da banda, colocou mais lenha na fogueira.

— Pois como presidente do primeiro fã-clube da Nordic Lhama, eu vou lá já!!! Agooooora!!!

E foi exatamente o que ela fez.

— Êeeeh, Dave... O Batera se lascou agora! — Hadi prendeu o riso. — A Mil o viu beijando a gatona ali e já foi pra cima.

— Iiiiiiiiiiiih! — O baixista suspirou. — Vai dar m#%$@!

— Oi, Joshua, tudo bem? Boa noite? Como você está? Está bem? — Ela perguntou, irônica e visivelmente irritada. — Não vai me apresentar sua “amiguinha”?

— Miiiiiiiiiiil, gatinha! Tudo beleza? — Ele sorriu, super de boa. E realmente começou a apresentá-las, na maior naturalidade e simpatia: — Mil, essa é a Jasmine, mas você pode chamá-la de Mine. A gente tá se conhecendo melhor. — Ele sorriu, super altinho de néctar. — Mine, essa gata aqui é a Milana, ou Mil, como preferir. Ela é a presidente do primeiro fã-clube oficial da Nordic Lhama, cara! Demais, né?

— Não é sua namorada, é? — Jasmine perguntou, desconfiada por causa da maneira que a loira se aproximou.

— Não, linda. Como eu te disse antes, sou livre, leve e solto! — Ele sorriu.

— Beleza. Então, prazer, garota. Podemos ajudar em alguma coisa? — Jasmine perguntou, com antipatia, como quem mandava a mensagem “você está nos atrapalhando!” e, claro, com um pouco de ciúmes da outra.

— Como? “Podemos”? Não, querida, não “podemos”. Minha conversa é com o Sr. Josh “Batera” Adler. Dá licença, queridinha?

— Hey, Mine, me espera ali na mesa? Já vou lá. — Ele pediu, de boa e com um sorriso ainda tranquilo no rosto.

— Claro, Josh. Só não demora, beleza? Porque, senão, vou me irritar e te deixar na solidão hoje. — Ela disse, piscando o olho para ele, escondendo a raiva e deixando os dois para que conversassem.

— Mas que palhaçada é essa, hein, Josh? Pra onde quer que eu vá, eu terei que ficar te vendo com “essaszinhas”?!! — Milana reclamou.

— Mil, a gente ficou duas vezes e, antes disso, deixei claro o que eu quero e o que eu não quero... — Ele colocou a mão na testa. — Eu te falei que sou uma alma livre, guria. Eu não estou solteiro, eu sou solteiro!

— Não tô entendendo! Lá vem você com essas conversas esquisitas de novo! — Ela disse, irritada.

— Gatinha, escuta. Vou repetir maaaais uma vez, Mil: não existe “Batera e sua alma gêmea”, entende? Esquece isso! A gente ficou, foi legal, mas eu deixei bem claro que a única coisa que posso te oferecer é uma noite de diversão comigo e nada mais. “Amizade colorida”. Ninguém se machuca.

— E se eu não quiser ser apenas sua “amizade colorida”... Além disso, você bem que podia tentar, né? O que te custa?...

— Mil, não vai rolar namoro comigo.

— E se eu não quiser ficar com você apenas de vez em quando?... E se eu quiser algo mais sólido contigo?...

— Então a gente vai tirar a parte “colorida” do nosso “relacionamento” e vai deixar apenas a “amizade”, beleza?

— Joshua! Não fala assim!... — Ela falou, meio sentida.

— Desculpa, Mil, mas é isso, ok? Agora preciso ir. Espero que entenda... Você é muito legal, muito gata, e vai achar um cara bem legal para ser só teu, guria. E, sério, te peço: sem brigas de novo, beleza? Somos amigos. Amigos. Agora deixa eu ir nessa que a garota ali tá me esperando.

— Tudo bem? — Jasmine perguntou, assim que ele se aproximou da mesa.

— Acho que sim... — Ele respondeu, olhando com carinho para Milana, que o observava com olhos tristonhos.

— Essa garota parece uma louca. É sua ex?

— Não, Mine. É uma amiga. Mas esquece a Mil. Já conversamos e já nos entendemos. — Ele disse, realmente acreditando que agora estava tudo bem. — Vou pedir mais uns Sucos de Cevada aí pra gente! — Ele sorriu.

— Ela acha que vocês têm algo sério, é isso? — Jasmine riu, olhando com desdém para Milana, o que começou a tirar a loira do sério.

— Dave, a Milana tá com cara de quem vai surtar, man.

— Ela não pode ver o Batera com outra, hein! Mas ele me disse que eles não estão namorando.

— Cara, conheço a Mil há anos e eu já te disse isso: a Mil ama a Nordic, mas, dentro da banda, ela idolatra o Batera, cara! — Hadi disse. — E a cara que ela está fazendo agora já me diz que vamos ver barraco pelo Josh mais uma vez.

— Cara, então vamos dormir bêbados na cadeia de novo por causa das confusões em que o Batera se mete?!! — Dave perguntou, já prevendo a resposta, já que no Quarto Império, a polícia leva os bêbados arruaceiros, que aprontam, para dormir em uma cela na delegacia; e a cada dez saídas com o baterista, sete terminavam assim.

— Cara, acho que sim. — Hadi riu. — Mesmo porque a Mil já foi pra cima ali.

— Quero nem ver!

— Oi, querida. Você de volta? É você quem está servindo as mesas agora? — Jasmine perguntou, na intenção de perturbar a garota.

— Vim te desafiar para um duelo, palhaça! — Milana disse, de cara fechada.

— Um duelo? Kkkkkkkkk... Véi, o que tá rolando aqui, véiiiii? — Batera começou a ter uma crise de riso, altinho. — Mil, na moral, para, vai!... — Ele pediu, mas rindo ainda do jeito que ela falou.

— Levanta, garota. Meu nome é Milana-Belloni-futura-Senhora-Adler e eu me garanto! Vamos resolver isso no braço! A vencedora pega o loirudo da Nordic! E aí, tá com medo? Vai correr ou vai encarar? Vem, vem! — Ela disse, confiante.

E as duas se atracaram! Caíram na pancadaria, sob os olhares assustados e surpresos de alguns no local!

— Véi, vamos embora! Daqui a pouco a polícia será chamada e vamos dormir numa cela fria novamente! — Dave disse ao amigo. Ele tinha bebido, mas não tanto quanto o baterista.

— Quem vai chamar a polícia?

— O barman, cabeção!

— Vai nada! — Batera sorriu.

“Ah, não! Vou ter que chamar a polícia!”, o mixologista pensou ao ver a confusão.

— Olha, o barman já está ligando pra alguém! — Dave disse, preocupado.

— Véi, você tá mesmo de olho no que o barman tá fazendo? Mesmo quando há outras belas moças, e que não estão pagando mico brigando por homem, neste lugar?... Ainda que o homem disputado seja eu e que isso até faça um bem enorme pro meu ego, devo confessar.

— Nossinhora, mas como nós, Sims, brigamos, hein! Coisa feia! Ainda mais brigar por homem! Eu, hein! — A moça usando um vestido azul dizia.

— Moça, concordo contigo. Mas também consigo ver um lado bom nisso tudo... — Daina sorriu e deu um tchauzinho para alguém que estava do outro lado da confusão.

— Já volto, man. — Josh disse, com um sorriso confiante no rosto.

— Pelamor,  véi!... — Dave suspirou; ele achava mais fácil lidar com Axl, que o ouvia e até era enrolado com mais facilidade. Já com o Batera, era difícil alguém demovê-lo de algo, principalmente quando o assunto envolvia alguma garota bonita no meio.

— Tudo bom, Daina? — Josh se aproximou dela, simpático.

— Nossa, você se lembra do meu nome? Ponto pra você! — Ela sorriu.

— Como é que eu vou esquecer o nome de uma guria tão linda, me diz.

Ela então deu uma risadinha de contentamento pelo elogio: — Obrigada, lindo! Mas e aí? Não está chateado com essa briga aí por você?...

— Elas sabem que não tenho compromisso com nenhuma das duas. Não enganei ninguém. Estão brigando porque querem e eu não acho isso legal. E é exatamente por isso que estou aqui e não vendo essa cena feia.

— Uauuu. Lindo, gato e sincero.

— E bem altinho. — Ele riu.

— Mas há quem cuide. — Ela sorriu.

— Mas me diz: solteira?

— Solteiríssima. — Ela mentiu. E se Josh pudesse saber que ela estava mentindo sobre isso, ele teria ficado muito irritado com a guria. Ele não curtia gente desleal, gente que enganava, que traía. Ele conseguia se colocar no lugar das pessoas enganadas.

Além disso, ele tinha um certo código moral, apesar dele poder ser considerado bem “galinha”: ele não enganava ninguém com falsas promessas de “amor eterno” ou de “namoro”, e nem se metia em triângulos amorosos; se descobrisse estar em um, pulava fora na hora. E ele não confiava em pessoas que enganavam seus parceiros, fazendo-os acreditar que tinham um relacionamento sério, mas lhes traindo pelas costas. Josh achava isso baixo e imoral. Enganar pessoas não era algo que ele achava bonito. Mesmo que o relacionamento fosse complicado. O pensamento dele era: tá ruim? Termina. E, por isso, ele era bem direto e honesto com as gurias com as quais ele saía.

— Solteira então, né? Legal! É algo que temos em comum. — Ele sorriu. — E você não é amiga da Milana, é?

— Eu a conheço faz pouco tempo, porque ela é a presidente do fã-clube e eu agora faço parte dele, mas por que pergunta?

— É porque não fico com amigas de quem já fiquei.

— Então despreocupa, gatinho. Vem cá. — Ela agarrou o baterista e lhe tascou um super beijaço, enquanto a briga ainda rolava atrás deles.

— Véi... — Dave olhava a cena, impressionado com Josh: enquanto Milana e Jasmine se estapeavam por ele, o carinha beijava outra garota.

— DAVE!!! Vamos pegar o Batera e cair fora, véi! Vai sobrar pra ele já, já!!! — Hadi disse, preocupado.

— Vamos nessa! — “Antes que o Josh comece a apanhar geral!”, o baixista suspirou.

Então Dave e Hadi trataram de pegar Josh e sair dali; Daina junto com eles, divertindo-se com toda a situação.

Esperaram, escondidos lá fora, que Milana e Jasmine saíssem do local, o que não demorou a acontecer, já que as pessoas dentro do bar finalmente conseguiram separá-las e as duas foram expulsas do ambiente; a polícia nem precisou aparecer por lá. Assim, eles viram quando elas entraram em seus respectivos carros e foram embora. Parece que, daquela vez, tiveram sorte: eles não dormiriam em uma cela fria.

Resolveram então relaxar um pouco no espaço em frente à Lhama Gritadora.

Dave comprou uns peixes de um pescador local, que já estava de saída dali, e foi grelhá-los. Eles estavam famintos!

Mas Josh e Daina, claro, aproveitaram um cantinho mais discreto para se divertir ali por perto; usando proteção, claro, pois os dois queriam se divertir, mas não eram inconsequentes.

Para ambos, foi um começo de manhã perfeito!

E depois os quatro se sentaram em uma das mesinhas de piquenique, saboreando o peixe frito feito pelo baixista.

O que eles não poderiam imaginar era que o momento de paz estava perto de chegar ao fim...

E isso começou com a primeira ligação recebida.

— É a Gi! — Dave estranhou, já que Gizella não andava atendendo as ligações dele. Mas depois se lembrou de que talvez ela estivesse ligando porque eles iriam tocar, dentro de poucos dias, no Festival de Música, em Newcrest, e eles precisavam ensaiar.

— Mais um que vai se dar bem hoje? — Hadi sorriu. — Só eu que sobrei! — Ele brincou.

— Gi, tá tudo bem?... — Ele perguntou, assim que atendeu.

— Dave, cala a boca e me escuta. — Ela disse, séria, antes de começar a contar o que precisava.

Enquanto isso, Batera também recebia uma ligação.

E a cara dele não foi das melhores ao receber a notícia.

— Como assim, Lori?... — Ele perguntou, meio atordoado.

— O que está acontecendo? — Daina perguntou baixinho para Hadi.

— Tô tão por fora quanto você, guria. — Ele respondeu, também com a voz baixa e já preocupado, enquanto os dois amigos ainda estavam em seus celulares.

Mas logo ambos desligaram.

— A Gi me disse que algo aconteceu com a Bella, cara! — Dave falou, alarmado.

— A Lori, amiga minha e dela, me disse que a levaram para o hospital em estado grave! — O Batera disse, também aflito.

— Mas o que houve com ela? — Hadi perguntou.

— Não sabemos, man! — Dave falou, angustiado. — Gi disse que está indo à Clínica Baroni. Ela foi levada pra lá. Vamos nessa?

— Só se for agora. — Josh disse, já se levantando e saindo: — Falou, pessoal! Depois a gente se vê! — Ele se despediu rapidamente dos dois.

— Me dá notícias dela, beleza? — Hadi pediu, tenso, vendo-os sair.

— Falou, man! Tchau para vocês aí! — Dave disse, seguindo o amigo, ambos a passos rápidos.

— Caramba, véi! Espero que ela esteja bem! — Hadi disse, apreensivo.

— Só me diz que ela não é a Lady Soprano, vai! — A garota falou, séria.

— A vocalista da Nordic Lhama? Não, não! Tá louca?! Nada a ver! — Ele mentiu, já que sabia que Isabella era sim a cantora. Inclusive Hadi estava em processo de negociação, com Dave e Batera, para virar o primeiro Roadie* da banda. — Eu conheço a Lady Soprano. Não é ela não.

* Nota: Roadies (do inglês “road” – que significa “estrada” – mais a terminação diminutiva “ies” no plural); são os técnicos, ou pessoal de apoio, que viajam com uma banda em turnê, geralmente em ônibus leito, e lidam com cada parte das produções de shows, exceto realmente executar as canções com os músicos. São responsáveis por manter os equipamentos de som em bom estado e montar o palco para a banda ou artista.

Willow Creek, nesse mesmo dia.

No parquinho em frente à casa dos Blackwood.

Naquela mesma manhã, poucas horas após a situação com Elenor no restaurante, Liam ligou para ela, bem cedo, e os dois marcaram de se ver imediatamente; eles precisavam conversar.

Assim que a avistou, sentada no banco da praça, de olho em Leena (que se divertia), Liam já se sentiu meio abatido, pois as acusações feitas contra ele ainda eram recentes. E Elenor também sentiu um grande aperto no coração ao vê-lo; ela estava muito envergonhada pelo barraco criado...

— Bom dia, Elenor... — Ele disse, ainda de pé, sem saber se deveria se sentar ao lado dela ou não; sentia que não queria invadir o espaço dela.

— Bom dia, Liam... — Ela o olhou, percebeu que ele ainda não tinha feito menção de se sentar perto dela, então pediu: — Senta?...

E ele assim o fez.

Então ficaram se olhando por alguns segundos, ambos sem saber como começar bem aquela conversa.

Então a pequena passou correndo por eles e foi para o escorregador:

— Bom dia, Leena! — Liam sorriu para a menininha, que o respondeu com seu fofo “bebêzês”. E ele então comentou com Elenor: — Ela está cada dia mais linda e esperta, não é? E o cabelo dela cresceu rápido, hein? Tá lindo!...

— É... Comprei um tônico capilar* da Sr.ª Rosa Verdeclaro, lá do Segundo Império. É muito bom e eficaz. Uma amiga querida, Carol, que me indicou. Aquela moça linda que encontramos no Vista Lane, junto com o marido dela, no seu bar-boliche, lembra?

— Lembro sim! O casal Fagundes: André e Carol. Muito simpáticos! — Ele sorriu.

— Verdade. Gosto muito deles.

E então os dois voltaram a ficar calados novamente.

* Nota: relembre a história do tônico capilar AQUI, na maravilhosa história de minha querida amiga e autora Andréa Freitas: Vermelho e Verde. :)

— E o trabalho?... Ontem, horas antes daquela situação toda,...  — Ele disse, sem olhá-la. — Você tinha me dito que faria uma missão de cujo sucesso dependeria seu retorno a seu cargo de detetive... Deu tudo certo?...

— Deu sim... Nessa madrugada, encontramos Victor Feng, o deputado foragido.

— Noooossa! E eu passei essa virada de ano com os Refaeli e com os Feng... Ninguém jamais poderia imaginar que ele pudesse estar envolvido na morte do Sr. Stein... Como você descobriu onde ele estava?...

— Bem,... Não foi difícil juntar os pontos e as provas...

— Pode me contar como foi?... — Liam perguntou.

— Claro,... — Elenor respondeu, olhando-o com uma certa tristeza. Ela tinha decidido relatar como fechou aquele caso porque ela ainda não sabia como entrar no assunto que realmente lhe interessava: a situação entre os dois; apesar de ter imaginado aquela cena milhões de vezes. Então isso lhe daria tempo...

— Pois bem... — Ela começou a falar: — Acreditamos que Ning Cheng foi morta porque supostamente tinha um vídeo contendo material que incriminava o deputado Victor Feng diretamente na morte de Stein Refaeli. Mas não temos provas ainda de que Feng tenha realmente sido o mandante da morte dela, já que ela também estava envolvida com a máfia local, que também queria sua cabeça. Mas continuando: descobrimos que o tal pendrive de Ning realmente existia e que estava dentro de um boneco Meduso do Amor, que foi parar, por engano, nas mãos do Sr. Axl Logan Dwayne. A detetive Hannah Chase e o detetive Adam Bates pegaram o boneco na casa de Axl. No entanto, depois que vi a apresentação de Hannah sobre o caso, na delegacia, não me convenci de que o conteúdo daquele pendrive era o verdadeiro.

— Então me disfarcei naquela mesma noite e visitei o Axl no hospital. E o motivo dele ter ido parar lá você sabe, já que fomos nós dois que salvamos Axl de ter sido morto de pancada por Nickollas Refaeli e seus amigos babacas. — Ela suspirou. — Pois bem: conversando com ele, acabei descobrindo que, pouco depois que o boneco chegou às mãos do vocalista, ele encontrou, dentro do Meduso do Amor, um velho pendrive vermelho. Então ele pegou esse pendrive e o jogou em uma caixa, onde as tralhas dele estavam, dentro do quarto dele, sem nem olhar o conteúdo desse item; depois Axl disse que colocou um pendrive branco, novo, dentro do boneco, pois achou que o Meduso era um “porta-pendrive”; e ele o daria à namorada... E Hannah e Adam nos apresentaram, na delegacia, um pendrive de cor preta. Logo, alguém tinha trocado o pendrive branco, que Axl tinha colocado dentro do Meduso, pelo pendrive preto contendo aquela imagem falsa que foi apresentada por Hannah. Certamente o objetivo era o de fechar as investigações ao concluir que Ning tinha blefado e só queria arrancar Simoleons de Marit Refaeli. E, assim, Feng estaria livre das acusações.

— Então me deixe adivinhar: você foi à casa de Axl, mexeu nas tralhas dele e pegou o pendrive correto, certo? — Liam perguntou.

— Exatamente. E dentro do pendrive vermelho, que era o pendrive correto, havia aquele vídeo que, digamos assim, “vazou” na mídia; nele, Ning contou que descobriu que Feng tinha uma terceira pessoa, além dela e da esposa dele, Lílian; ela gravou aquele vídeo, onde ele aparece, bêbado, assumindo a responsabilidade pela morte de Stein. Ela realmente pretendia vender a informação para Marit Refaeli e se vingar do amante. Mas, após o vídeo ter parado em toda a mídia, Feng se desesperou e, burramente, fugiu. Toda a polícia do Quarto Império o estava procurando.

— Burramente? — Liam arqueou uma sobrancelha.

— Sim, pois ele ainda poderia alegar que foi levado a falar isso, que estava bêbado, portanto, fora de si. No entanto, ele preferiu apenas desaparecer.

— Ele ainda pode alegar isso, não é?

— Pode... Mas isso é problema dele e do advogado dele.

— E como você o encontrou? — Liam perguntou.

— Bem, um dia, eu fui até o apartamento do detetive Adam Bates e o pressionei um pouco... Digamos que “joguei um pouco de verde para colher maduro”.

— Eu já sei de tudo sobre a Hannah, Adam! Ela trocou os pendrives! Agora, ou você abre o bico sobre o que sabe, ou vai se dar mal junto com ela!!!

— Adam então me contou que, no dia que eles foram à casa onde Axl mora, Hannah subiu sozinha e ele ficou esperando na sala. Ela disse que iria “ver quem estava na casa”. Mas ele disse que ficou desconfiado e resolveu, discretamente, ir atrás dela, para ver o que ela realmente estava fazendo...

— Adam disse que ouviu a voz dela e de outra pessoa dentro de um dos cômodos no primeiro andar... Ele ouviu Hannah discutindo com alguém que também queria o Meduso. Quando ele percebeu que o estranho sairia do quarto, Adam desceu; ele disse que realmente viu alguém saindo da residência, mas ele preferiu se sentar e esperar para ver o que aconteceria. Ele não queria se envolver em “mais problemas”. Foi o que ele afirmou.

— Então, quando Hannah o chamou para subir, minutos depois, ele seguiu a ordem dela. E me contou que imaginou que ela pudesse ter mexido no Meduso, antes, sem ninguém ter visto, e trocado os pendrives; mas que ele preferiu ficar na dele para não “complicar mais as coisas”.

— Que “ótimo” detetive, hein! — Liam disse, com ironia.

— Pois é. Mas fiz um acordo com ele: se ele me ajudasse a pegar Feng e depois testemunhasse contra Hannah, contando sobre esse momento em que ela subiu sozinha, nós o ajudaríamos a pegar uma punição mais leve pela irresponsabilidade dele. Só não pude prometer que ele não perderia o distintivo... Perdeu, né? Temporariamente, mas perdeu. Não teve jeito.

— E como ele ajudou?

— A meu pedido, ele plantou um rastreador na bolsa dela, com cuidado para esse não ser facilmente encontrado.

— Então foi assim que vocês chegaram ao local onde Feng estava escondido?

— Exatamente. Ele estava em uma casinha na área rural de Windenburg, com ela. A própria Hannah alugou o local com uma identidade falsa.

— E ele se entregou facilmente? — Liam perguntou.

— Sim. E ele me passou a impressão de que gosta mesmo dela. Hannah ficou desesperada. Sério. Foi bizarro. Aquela mulher é sempre tão grossa, antipática... Mas, lá, ela se mostrou frágil, indefesa, desamparada... Mas não descarto que pode ter sido cena também! — Ela deu de ombros. — Bem, o que quero dizer é que nunca a vi desse jeito. E os dois estão presos agora, embora ele diga que ela é inocente e que ele a usou para sair impune dessa.

— Mas o que ele alega sobre Hannah?

— Que ela tem graves transtornos psicológicos que a tornam emocionalmente dependente e vulnerável, que ela foi usada por ele e que, por isso, não deve ser punida. Mas não sou eu quem decide a punição, então,... continuando: após entrarmos na casa, e encontrarmos os dois dormindo, nós os acordamos, Richardson deu a ordem de prisão, deixamos os dois à sós, para que pudessem trocar de roupa e então eles se despediram na sala da casa, já que os levaríamos para cadeias distintas.

— Vai ficar tudo bem, Hannah... — Feng a abraçou.

— Eu não quero que você vá preso!!! Eu não quero que você vá preso!!! — Ela chorava, desesperada, sem largá-lo.

— Está tudo bem,... Nós sabíamos que um dia isso poderia acontecer...

— Eu não posso viver sem você! Você é tudo que eu tenho!... Foi você quem me tirou das ruas, foi você quem cuidou de mim, quem me deu amor, carinho, proteção! — Ela dizia, aos prantos.

— Ei... Eu também te amo!... Mas não irei para o Corredor Final. Meu advogado resolverá tudo. Então me prometa que vai ficar bem e que vai se cuidar até eu ficar livre...

— Eu não posso te prometer isso! Eu não quero ficar sozinha de novo!!! Eu não vou conseguir ficar sem você!!! — Ela dizia, chorando.

— Você pode, deve e irá. E logo estaremos juntos novamente. Agora, me prometa que você vai se cuidar! Prometa!

— ... — Mas ela não conseguia dizer isso.

— Hannah, pelo Grande Prisma do Amor, por favor, me prometa!... — Ele estava quase a lhe implorar isso.

— Eu... prometo... — Ela disse, arrasada.

Então Feng sorriu, mais tranquilo com a resposta dela, antes de ambos serem levados dali pelas autoridades.

— E você acha que ele irá mesmo para o Corredor Final? — Liam perguntou.

— Bem, não sei... Há o vídeo com a confissão, mas não sei o que os juízes dirão... Agora, ele fica na prisão, não em um daqueles centros-de-repressão-hotéis-cinco-estrelas, enquanto todas as informações e provas são reunidas e verificadas. Depois disso, vem o último julgamento e, caso ele seja considerado culpado pela morte de Stein, irá para o Corredor Final, onde escolherá a forma como deseja partir dessa para melhor. Mas é como dizem, não é? Sem corpo, sem assassinato.

— É... Nunca encontraram os corpos, né? Apenas alguns fragmentos da aeronave...

— Pois é...

— E quanto a Hannah? — Ele perguntou.

— Caso ela realmente tenha problemas, ficará um tempo retida em uma instituição psiquiátrica. E, caso ela seja apenas uma Sim saudável e tenha usado de sua posição para ajudar um criminoso, ela irá para a prisão. E, em ambos os casos, não sei se ela conseguirá voltar a trabalhar para a polícia algum dia. Não com esse histórico. Mas vai que, né? Milagres acontecem.

— E você, como ficou sua situação após ter resolvido esse caso?...

— Bem, eu recuperei meu trabalho. A Chefe de Polícia, Sierra, me devolveu meu distintivo. — Ela sorriu.

— Fico feliz por você, Elenor. Parabéns mesmo!... Mas fico triste pelas escolhas desse deputado e dessa moça, a Hannah. — Ele comentou.

— Pois é... Mas a vida é assim, né?... Boas e más escolhas têm suas consequências... E, falando sobre escolhas ruins, acho que é hora de falarmos sobre o que aconteceu ontem à noite no Italiani... — Ela disse, já meio desanimada pelo que seria conversado.

— É... — Ele falou, meio cabisbaixo também. — Eu não entendo porque você não confia em mim... Eu já te disse que quero algo sério contigo... Quando eu te liguei mais cedo e te falei que estaria trabalhando ontem, eu não menti, Elenor. Eu não tenho por que mentir para você... — Ele se explicava, enquanto os dois ficavam de olho em Leena, que continuava brincando, feliz.

— Escuta, Liam, eu pirei, ok?... Tive um namorado muito sacana anos atrás e acabei confundindo o passado com o presente. Foi isso. Não consegui pensar direito, não consegui segurar minha onda e admito que errei, errei feio. E eu espero que você me desculpe por aquela cena horrorosa...

— El,... Pessoas erram, ok?... Fico feliz que você admita isso e é claro que eu te desculpo... Mas você deixou claro que não confia em mim... Como acha que podemos ter algo assim?...

— Liam, não podemos ter algo assim.

— Como?

— É isso que você disse e eu concordo: sem confiança, não dá. E, me desculpa, eu não consigo confiar em você para ser meu namorado ou algo do tipo...

Liam ficou calado, pensativo; não sabia o que dizer diante daquelas palavras.

— Eu sinto muito... — Elenor falou. — Eu não quero te magoar... Mas eu não consigo confiar em você e não posso te enganar sobre isso... Não podemos mais continuar. Não podemos ser mais do que bons amigos, Liam...

— Até para ter uma amizade é necessário um mínimo de confiança, Elenor! Me diz: por que você não confia em mim? É porque sou amigo do Nickollas?

— Olha, você é um bilionário, vive em um mundo que nada tem a ver com o meu...

— Então é porque eu sou rico?!! — Ele ficou ainda mais espantado. — Pelo Grande Prisma! Eu nunca me coloquei acima de ninguém por isso! Nem acima nem abaixo!

— Eu sei, Liam! Não viaja, ok? Mas somos de mundos totalmente diferentes. Eu tentei, ok? Mas não deu. Não consigo.

— Sério que você realmente acha que tentou o bastante? — Ele até riu, sem acreditar no que tinha acabado de ouvir. — E o que confiança tem a ver com minha conta bancária?!! — Ele estava se sentindo bem indignado com essa colocação dela.

— Liam, para mim, para quem eu sou, para o jeito que eu tenho, eu tentei o bastante. E sinto muito se não acha isso. Mas eu tentei e não deu. E eu não sei explicar, mas não consigo confiar em pessoas que têm tudo, podem tudo, que vivem uma vida onde a palavra “limite” e dificuldades geralmente não existem.

— Nossa... Olha, eu já tinha ouvido falar de preconceito contra pobres, mas contra ricos?... — Ele disse, sentindo-se bem mal por estar naquela situação.

— Não é “preconceito”, Liam... Seu mundo é diferente do meu... E eu não consigo confiar em pessoas do seu mundo... Já quebrei a cara com um, ok?...

— Eu não sou esse cara, Elenor!

— Eu sei... Mas não dá mais pra mim... Não dá...

— Ok... Então é isso. Você está “terminando” comigo, o que já é estranho, já que nem seu namorado sou, porque sou um bilionário e, por esse motivo, você não confia em mim...

— Eu sinto muito, Liam... Você é um amor de pessoa e vai encontrar alguém que te complete. Eu quero um cara mais maduro e...

— Você também acha que sou imaturo?

— Eu acho apenas que você ainda não viveu o suficiente.

— “Eu apenas não vivi o suficiente”... — Ele repetiu, baixinho. Então a olhou: — Ok, El,... Se um não quer, dois não ficam... Se é isso o que você quer, tudo bem...

— E me desculpa mesmo por ontem,... E espero que você encontre alguém legal e seja feliz.

Os dois tinham os olhos marejados. Ele, triste pelo final de um relacionamento que mal tinha começado e no qual ele tinha acreditado que daria certo; ela, triste pela situação, mas certa quanto a sua decisão.

Ele então se levantou e ela fez o mesmo.

— Mas posso visitar você, a Leena e seu pai, o Sr. Alec, de vez em quando?...

— Acho melhor não, Liam... Pelo menos por um tempo... Além disso, eu, o papai e a Leena vamos ficar alternando de casa, morando um tempo no Segundo Império, depois passando mais um tempo aqui, e assim por diante... Foi uma decisão familiar.

— Ok... — Ele disse, sentido. — Então dá um beijo na Leena pra mim, ok? Preciso ir agora... — Falou, saindo, sentindo que já não era mais desejado por perto.

— Liam! Espera!... — Ela foi atrás dele.

Os dois então se olharam e ficaram alguns segundos em silêncio.

— Fica bem e se cuida direitinho, ok?... — Ela disse, abraçando-o de repente.

— Ok, El... Vocês se cuidem também, ok? Sempre torcerei pela felicidade de vocês...

E então ele se foi.

Mas logo ela tratou de enxugar as lágrimas, pois viu seu pai saindo da casa deles e vindo em sua direção.

Ele a abraçou forte, já que tinha visto a despedida dela e de Liam.

— Você está bem, filhota?...

— Estou sim, papai...

— E o Liam?...

— É um ótimo rapaz, mas não deu certo entre nós... Eu quero um companheiro mais velho, mais experiente, mais vivido e que tenha uma vida mais no nosso estilo. Então terminei e, sinceramente? Não me arrependo. Sinto que meu caminho não é com ele.

— Uma pena mesmo, querida, pois ele me pareceu um homem bom.

— É sim, papai, mas ele vai encontrar alguém que se encaixe no mundo dele ou que queira fazer parte do mundo dele.

— E animada para passar uns tempos no Segundo Império?

— Com certeza! — Ela sorriu.

Então foram até onde Leena estava: na piscina de bolinhas.

E, assim, Elenor ficou mais um tempo na pracinha com o pai e sua pequena. E, apesar de ter terminado com Liam, ela estava se sentindo satisfeita com o rumo das coisas em sua vida: continuaria trabalhando como detetive para a Polícia do Quarto Império, na área internacional (o que significava que, mesmo em outras nações, ela ainda estava a serviço do Imperador daquele país); e, além disso, apesar de saber que os novos caminhos que seguiria a levariam a novos desafios, ela também sentia, muito forte dentro de si, que eles trariam, aos três (ela, Leena e seu pai), muita felicidade e realização. Aquele era apenas o começo de suas novas aventuras!*

* Nota: a participação de Elenor, Alec e Leena, nesta história, termina aqui; no entanto, passo os três, com muito carinho, para as mãos de minha querida amiga Andréa Freitas, que cuidará muito bem deles! Então, breve, vocês poderão vê-los em Vermelho e Verde! Não deixem de acompanhar essa incrível história! :) S2

Em Oasis Springs, horas depois, à tarde.

No trailer de Richard.

Axl e Richard tinham ido dormir bem tarde naquele dia. Mais cedo, tiraram a mesa de dentro do estúdio e o “produtor” armou outra cama lá dentro, onde dormiu, deixando o vocalista na que estava no corredor.

Quando Axl acordou, sua cabeça doía um pouco e ele sentia um pouco de ressaca por causa dos muitos Sucos de Cevada tomados. Fato: ainda não tinha aprendido a beber moderadamente.

Levantou-se e bateu na porta do estúdio de Richard:

— Hey, man! Acordado? — Perguntou.

— Se não estivesse, agora estaria! — O cara respondeu lá de dentro, rindo. Então disse: — Boa tarde, garoto! Dormiu bem? Entra aí!

— Posso escovar os dentes, tomar um banho, trocar de roupa e comer algo antes, brother? — Ele perguntou, de boa.

— Pode sim. Deixei tua mochila dentro do banheiro já. Tava no carro. E pode pegar o que quiser na geladeira.

— Falou, man! Valeu!

Depois de arrumado, o vocalista tentou se lembrar de qual seria seu próximo passo. Ele era do tipo de pessoa que só não perdia a cabeça porque estava grudada.

— Rango! — Sorriu.

Pegou um copo de suco de laranja, bebeu e depois o colocou na lava-louça.

“Tudo que sujar, onde estiver, limpe, querido!”, tinha lhe ensinado sua avó.

Mas poucos segundos depois, escutou Richard exprimindo alguns xingamentos contra algo. “Eita! O que será que está acontecendo?”, pensou, curioso.

Seguiu então para o estúdio.

— E aí, man?... O que houve?

— A porcaria deste computador jurássico parou de novo! — Richard disse, enquanto tentava consertar a máquina.

— Tá brincando! Mas ainda tem jeito? — Axl perguntou, genuinamente preocupado.

— Não sei... Espero que sim!

— E a música que gravamos?

— Eu tinha acabado de salvá-la em um DVD. É esse na capinha azul aí em cima.

— O pessoal geralmente salva em pendrives...

— Eu sei. É que meus pendrives têm um péssimo defeito: o de desaparecer quando eu mais preciso. — Richard riu. — Então achei melhor gravar logo nisso aí, porque o pc já estava dando uns sinais de que ia parar de funcionar de vez, então achei melhor prevenir, né?

— Fez bem, fez bem. Eu nunca teria pensado nisso, man. — Axl disse, achando aquela decisão dele muito esperta.

Então o celular do vocalista começou a tocar. Ele ainda nem tinha olhado o aparelho, caso contrário, teria visto as várias ligações e mensagens dos amigos, avisando-o sobre Isabella. Dormiu tão profundamente que não escutou nadinha. Richard, idem.

— Susan Simons?... — Ele leu o nome de quem chamava, tentando se lembrar de quem se tratava.

A moça ligava de seu apartamento em San Myshuno, onde Gi estava morando também (a tecladista da Nordic ultimamente passava mais tempo no apê dessa amiga do que na casa da banda).

— Logan, finalmente!!!... — Ela disse, um pouco mais aliviada, assim que ele respondeu. — Caramba, estamos te ligando desde manhã cedinho, garoto!

— É que eu estava dormindo... Passei a madruga gravando uma música maneira e... Peraí! Quem é você mesmo?

— Susan Simons... Cover da Jessica Rabbit; amiga da Gi; fomos ao Sky Dining II juntos... Aquele restaurante que havia na Cidade Alta. Lembrou? — “Aff! Como assim ele me esqueceu? Cruzes.”, ela pensou, meio indignada.

— Aaaaaaaaaaah!!! Sim, sim! — Ele sorriu ao se lembrar. Sua melhor memória daquele dia era a de que “Bella tinha cantado para ele”, apesar dele não recordar das “circunstâncias” naquela data.* — Tudo bom com você?

— Logan, você ainda não viu seu celular, viu?... — Ela ficou mais séria e focada.

— Não. Eu peguei agora nele porque você me ligou. Por quê? Ganhei algum prêmio? — Ele perguntou, empolgado.

— Logan,... — Ela respirou fundo. — A Isabella está internada na Clínica Baroni...

* Nota: reveja o que houve no Sky Dining II no capítulo 4 e no capítulo 5 desta história.

— Como?... — O coração dele apertou na hora. Sua voz mal saiu.

— A Gi, o Batera, o Dave, Big Joe e Makena foram para lá pela manhã... Devem estar lá até agora, não sei. Todo mundo está louco atrás de você.

— O que aconteceu com ela?

E, quando Axl fez essa pergunta, Richard parou o que estava fazendo, percebendo que a pessoa na ligação contava algo grave ao rapaz.

— Afogamento. — Susan falou rápido.

— Ela tá bem?!! — Ele perguntou, passando uma mão nos cabelos, aflito.

— Olha, eu acho que tá, ok? — Mas a verdade era que ela já sabia das últimas notícias, mas não queria dá-las a ele. — A Gi me disse que se eu conseguisse falar contigo, que eu te dissesse para você pegar um táxi e ir direto pra lá, pra Clínica Baroni, que ela paga a corrida, ok?

— Ok... Eu tô indo. Obrigado... — Ele respondeu, lento, meio sem reação, pego completamente de surpresa. E encerrou a ligação.

— Ai, meu Grande Prisma! Coitado! Que tragédia!... — Susan disse, para si mesma, arrasada com toda aquela situação. “Agora vou ligar pra Gi e avisar que ele já sabe e que deve estar indo pra lá agora.”, ela pensou, fazendo isso.

Enquanto isso, Axl continuou alguns segundos em silêncio.

— Axl? Axl! — Os chamados de Richard trouxeram o vocalista “de volta”. — O que houve, cara? — Ele perguntou, preocupado.

— A minha namorada... Ela está na Clínica Bafoni.

— Baroni?

— Isso.

— O que ela teve?...

— Afrouxamento. Afofamento! Digo, afogamento! — Ele mesmo se corrigiu. Estava tão nervoso que não estava conseguindo pensar direito. Tá... Na verdade, ele não pensar direito era bem comum.

— Escuta, vou ver se alguém lá fora tem condições de te levar até lá no meu carro. Eu não vou porque com essa ressaca, não posso dirigir. Mas, se alguém lá fora não puder, chamo um táxi pra você. E, não se preocupa: eu pago a corrida.

— Ela tá bem, ela tá bem, ela tá bem! — Ele mal ouviu o que Richard disse, repetindo isso para si mesmo.

— AXL! Me escuta, garoto! — Richard disse, com mais firmeza. — Ela está bem, ok? — Ele não conhecia a garota, mas até ele quis acreditar nisso. — E se ela está naquele hospital, está sendo extremamente bem tratada e logo vai ficar melhor. Agora vamos? Vou falar com o pessoal lá fora para ver quem pode levá-lo. Vamos?

— Ela gosta de música... Ela canta muito. Ela fica feliz e bem quando está ouvindo música... Posso levar os DVDs? Posso mostrar a música nova pra ela?... Ela vai melhorar logo e vai ficar contente.

— Claro! Pega os que você quiser. Agora, vamos!

Axl então pegou todos que estavam ali.

E então eles saíram.

Obrigada, amigo Simmer, por acompanhar minha história!

E desculpe a demora em postar. Estou estudando para fazer algumas provas.

E eu super agradeço se puder postar seu comentário abaixo ou na página no Facebook!

Tenha uma ótima semana! :)

CRÉDITOS:

SIMS:

Baixados da Galeria e, alguns, modificados.

LOCAIS:

Bar Lhama Gritadora: by isarpgista;

Parquinho das Crianças e Bebês: by isarpgista;

Casa da família Blackwood: by isarpgista;

Unidade Policial de Magnolia Promenade: White Chapel Police, by jadeiam (lote genérico); a versão residencial (usada em minha história), encontra-se em isarpgista, como Magnolia Police;

Apartamento do Detetive Adam Bates: 930 Medina Studios, by synth-witch (cômodo);

Residência “O Depósito” (casa da banda): Grungy Warehouse, by MaxisCreator_01; a versão do final deste capítulo está AQUI;

Esconderijo de Victor Feng: Windenburg Beauty Nocc, by lilie1311;

Restaurante Food Truck do Geffen: by isarpgista (originais de sasawoody43 – trailer - e de LouCvz – caminhão de comida). 

Apartamento de Susan Simons (cômodos):

1ª andar: 702 ZenView 1st Floor, by simmingmommy;

2ª andar: 702 ZenView 2nd Floor, by simmingmommy.

Boliche Vista Lane: San Myshuno’s Bowling, by Louloukiie;

OUTROS:

Lágrimas 1, 2 e 3.

Obrigada a todos criadores!

Thank you to all creators!