Axl Logan - 18 - Excessos

Esta é a história de um Sim chamado Axl Logan.

Acompanhe aqui suas aventuras (e desventuras)!

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Axl Logan

Livro I

Adormecido

Capítulo 18 – Excessos

Resumo do capítulo passado: Samara Korgan, prima de Dave e Axl, chega à residência da banda e já cria tensão entre Gi e o baixista; Elenor espalha, anonimamente, o vídeo gravado por Ning, onde Victor Feng afirma que a culpa, pela morte do Sr. Stein Refaeli, é do próprio deputado; Marit visita o filho Nickollas, no Centro de Repressão à Violência; Batera e Dave conversam, na academia San Myshuno Fitness, onde o baterista agora trabalha como Instrutor de Boxe; Marit pede à Axl que fique com Isabella em sua casa, pois ela está preocupada com a tristeza da filha; no caminho para lá, uma figura misteriosa encontra o vocalista.

San Myshuno.

No Quarteirão das Artes.

— EIIIIIIIII!!! AQUI!!! EUUUUUU!!! PODE PARAR?!! EU TENHO DINHEIRO!!! – Axl gritou para o motorista, sorrindo e acenando com uma mão; super feliz porque sabia que suas moedas eram suficientes para pagar aquela corrida.

E o taxista até estacionou ali perto, mas outro rapaz entrou rapidamente no carro e logo o veículo foi embora, deixando Axl parado e com cara de tacho. Nesse entremeio, o homem desconhecido se aproximou:

— Parece que perdeu o seu táxi, rapaz! Mas olha que sorte: acabei de estacionar meu carro aqui perto! O que acha de sairmos, conversarmos, tomarmos uns néctares e, depois, te deixo no teu destino?

— Minha vó sempre me disse para não conversar com estranhos... — Axl o olhou com desconfiança.

— Bem, então vamos nos apresentar e deixaremos de ser desconhecidos: meu nome é Richard Geffen. Assisti a apresentação da Nordic Lhama no 18º Festival de Metal de Windenburg e sei que seu nome é Axl Logan. Pois bem, meu rapaz! Um amigo me disse que você estava tocando nesta vizinhança, esta noite; e por isso vim aqui: porque tenho uma proposta para você e sua banda. E então? Será que podemos sair e conversar agora?

— Nossa,... É que, no momento, preciso ver minha namorada. Ela precisa de mim. Mas qualquer dia desses a gente se fala! Prazer conhecê-lo, Sr. Geffen! Tchau! — Axl sorriu, pronto para sair em busca de outro táxi.

E o homem ficou surpreso com a resposta do vocalista.

— Espera! Escuta, garoto, essa sua namorada é do mundo da música? Se é, liga para ela e pergunta se ela vai querer que você perca a oportunidade que tenho para lhe oferecer!... Acredito que ela ficará bem chateada se você não vier comigo!

— Chateada?... — Ele o olhou, meio na dúvida.

— Eu até diria muuuuuuuuuito chateada. — Richard disse, percebendo que havia uma chance de manipulá-lo ao dizer isso. — Se eu fosse você, ligaria para ela só para saber...

— Quer saber? Eu vou ligar! — Axl disse, decidido, pois não queria chatear a amada.

“Hmmm... Pelo que me disseram, esse garoto tem um bom coração... E ele não pareceu mesmo ter ficado muito impressionado com meu estilo e com as roupas que uso. Aparentemente não fez suposições... Isso será ótimo pra mim. Talvez essa seja mesmo minha grande chance de atingir meus objetivos.”, Geffen pensou, observando-o.

No quarto dela ainda, Isabella pensou várias vezes antes de atender mais aquela chamada de Axl, mas, por fim,...

— Oi, bê... — Ela disse, tentando não demonstrar muito seu estado de espírito: triste.

* Nota: novamente, e com muito carinho, deixo aqui meu super obrigada a minha querida amiga Déa (Andréa Freitas) pelas lindas fotos de Axl e Bella feitas no The Sims 2 e que me possibilitaram fazer esses dois lindos quadros que agora enfeitam o quarto de Isabella! Muito obrigada!!! E aproveitem e conheçam a história dessa incrível autora: Vermelho e Verde! :) S2

— Oi, coração... — Ele respondeu, feliz ao ouvi-la. — Tá tudo bem? Te liguei antes e você não atendeu... Sogrita me disse que você tá triste...

— A mamãe te ligou, foi? — Ela não gostou disso.

— Ela pediu para eu ficar aí com você... Eu e você, você e eu... A gente só não pode bagunçar a casa, ela foi bem específica quanto a isso, mas o resto... — Ele sorriu, cheio das intenções apaixonadas.

— Ela não te contou do Victor Feng, Axl?

— Ela me contou alguma coisa que agora eu não lembro muito bem...

— Porque não te importa, não é? A droga do amigo do meu pai foi o responsável pela morte dele, caramba! Um cara que, até ontem, fazia parte das nossas vidas! — Ela falava e tentava não se irritar, já que sabia que ele era meio lento mesmo.

— Olha, eu tô indo praí e daí a gente conversa melhor, pode ser? É que é tanta informação que estou ficando confuso... — Ele disse, sincero.

— Então você ligou para me dizer que está vindo para cá? — Ela perguntou, de boa; e a verdade é que Bella queria ficar sozinha, mas queria dizer isso para ele de uma forma que não o magoasse.

— Isso! Quer dizer, não! É que tem esse carinha estranho que apareceu aqui e me disse que quer conversar sobre a banda...

— Aqui onde, Axl? E quem é ele?

— Aqui no Quarteirão das Artes. Tô pertinho da Galeria. E o nome dele é... — E Axl olhou para o sujeito, como que perguntando como ele se chamava mesmo, já que não se lembrava mais.

— Richard Geffen! — Ele disse, de forma que a garota escutasse.

— Hmmm... Nunca ouvi falar... Manda uma foto dele pra mim, Axl. — Ela pediu. — Ah! E o avise que, se você sumir, mando a imagem dele pra polícia. — Falou, de um jeito protetor.

— Eu não vou sumir, meu amor! — O vocalista sorriu, todo bobo com a preocupação dela. Então olhou para o homem e disse: — Minha namorada quer uma foto sua para mandar para a polícia caso eu suma. Ela é um amor, não é?

— Anh,... Bem,... Pode tirar então. — Ele disse, meio constrangido com a situação. Mas Axl nem se tocou do desconcerto dele e tirou a foto assim mesmo. Enviou então à namorada que, ao vê-la, disse:

— Não sei quem ele é, bê. Nunca o vi antes. Mas tem jeitão de ser algum produtor, empresário...

— Bem, ele disse que viu nossa apresentação no festival e quer falar sobre a banda agora. Mas agora não dá. Já estou indo aí.

Ela então pensou rápido, decidindo que juntaria o útil ao agradável, já que queria ficar sozinha e entendia que talvez o sujeito fosse alguém importante, influente e com contatos para a banda; assim, respondeu:

— Escuta, bê,... Liga para o Dave, o Batera ou pra Gi. Daí vai com um deles, ou com todos eles, e escuta o que esse cara tem a dizer. Pelo visual, ele tem um jeitão de ser um desses carinhas relevantes no cenário musical, né?... Vai que nossa hora de brilhar chegou, não?

— Mas eu quero te ver...

— Axl, eu também quero te ver, mas se for algo muito bom, esse tipo de coisa não cai no colo de ninguém duas vezes!... Além disso, eu estou bem, ok? — Ela mentiu. — Amanhã a gente conversa e você me conta o que ele quer com a gente.

Ele ficou alguns segundos em silêncio, hesitante.

— Sério, Axl,... Precisa fazer isso. Pode ser uma boa oportunidade... — Ela insistiu.

— Ok, ok,... Mas você vai ficar bem, né?... — Ele perguntou, ainda na dúvida.

— Vou sim, bê... Agora vai. Te amo, viu! A gente se vê amanhã. Boa noite...

— Boa noite, amor... Também amo você...

E então ela desligou.

Isabella queria apenas ficar sozinha.

Resolveu que se bebesse um pouco, se sentiria melhor. E certamente aquela não seria a melhor decisão na situação de tristeza em que se encontrava...

— E então? Vai comigo ou não? — Richard perguntou.

— Se importa se formos para um lugar próximo da Cidade Alta? Minha namorada mora lá e eu não quero demorar muito pra chegar. — Axl disse, disposto a fazer uma surpresa para Bella e aparecer lá de madrugada.

— Na verdade, eu gostaria de levá-lo até Oasis Springs, onde tenho um restaurante. Podemos conversar lá e depois te levo para onde quiser, o que acha?...

— Não é meio longe...?

— Vamos lá, garoto! Comemos, bebemos, conversamos e depois eu te dou minha palavra de que te levo lá!

— Então tá bom, né? — Axl sorriu.

E logo eles estavam no carro de Richard, conversando sobre canções, bandas inspiradoras, artistas e tudo sobre o mundo da música. A conversa tão agradável que Axl nem se lembrou de ligar para os amigos.

Em Newcrest.

Naquela mesma noite...

Estacionaram o carro e foram caminhando até o restaurante Italiani.

— Blackwood, e se Adam mudar de ideia? — O detetive Dave Richardson perguntou.

— Não mudará. — Elenor respondeu.

— Mas ele pode recuar...

— Se ele mudar de ideia, vai se comprometer. Mas relaxe, Richardson. Ainda essa noite nós pegaremos o deputado. E então terei meu distintivo de volta.

Chegaram então ao tradicional local, antigo na vizinhança e famoso por suas massas deliciosas e bem apresentadas.

— O lado bom disso tudo é que, mesmo que algo dê errado, ainda teremos aproveitado um jantar decente. — Ele riu.

— Com certeza! — Ela disse, pensando que seria interessante convidar Liam para ir até aquele local com ela; os dois ainda não estavam namorando, apesar da insistência dele.

Assim que entraram, já avistaram o detetive Adam Bates.

Ele ficou um pouco surpreso e ansioso ao ver Elenor chegar acompanhada de Richardson. Ele esperava que ela viesse sozinha.

— Boa noite, Bates. — Richardson o cumprimentou. — Preparado para nos contar tudo?

— Bem, eu não esperava você aqui... — Adam disse, sentindo-se mais pressionado. — Mas não tenho nada para contar. Pretendo lhes falar sobre minhas suspeitas e então levá-los até onde acredito que o deputado possa estar. Não fui sozinho porque o lugar pode estar bem protegido e não quero ser pego. Mas podemos jantar primeiro? Almocei às 11h e ainda não comi nada.

E quando Elenor ia falar com Adam, ela ouviu a voz de alguém conhecido em uma mesa próxima, do lado de fora; embora não conseguisse ouvir o teor da conversa.

Era Liam; e ele papeava animadamente com duas mulheres.

“Que bonito, hein, Sr. Liam? Me disse que estaria trabalhando hoje!”, Elenor pensou, de cara fechada, enquanto observava a mesa deles ser servida por um dos garçons. Sua indignação crescendo, já que a cena lhe fez recordar de seu último namorado que, três anos atrás, a tinha traído com algumas garotas.

— Concordo completamente com a ideia de jantar primeiro. Vamos fazer nossos pedidos? — Richardson sorriu.

— Vamos sim. — Elenor disse, já com a cara bem fechada e tentando não olhar muito para a mesa de Liam, que agora já apreciava seu prato.

Assim, logo eles fizeram suas escolhas.

Mas a paciência de Elenor já tinha acabado com a cena ali naquela varanda. Então, naquele momento, descontou em Adam:

— Tá, Adam. Não vamos perder tempo! Abre logo o bico!

— Qual o seu problema, Elenor? Eu disse que ainda não tenho certeza, mas que conversaríamos e então iríamos juntos até o local onde eu suspeito que Feng possa estar! E eu te pedi para que, por enquanto, isso ficasse apenas entre nós dois, mas daí você chega aqui com o Richardson...

— Não nasci ontem, Bates! Richardson está aqui porque, caso você esteja aprontando alguma, terá que lidar não com um, mas com dois Sims! E quer saber? Eu já tenho certeza absoluta do que está rolando! Por mim, a gente levanta daqui imediatamente e já vai lá agora!!! — Elenor disse, cheia de raiva, mas mantendo a voz baixa para que Liam não a escutasse.

— El, o que combinamos foi que jantaríamos antes, não foi? — Richardson também estava estranhando todo o nervosismo dela. — E vou logo avisando: eu não consigo trabalhar direito se eu não estiver bem alimentado. Aliás, não consigo fazer nada de estômago vazio!

— Beleza, beleza. Mas é para comermos voando, ok? Não quero perder tempo. — Ela disse.

E o pedido deles não tardou a chegar.

Enquanto, lá fora, Liam nem sonhava que Elenor estivesse tão perto.

Ele e as duas mulheres continuavam focados no animado bate-papo: rindo, fazendo piadinhas, divertindo-se muito!

Já Elenor tinha se fechado ainda mais.

Seus amigos detetives ainda conversavam enquanto comiam, mas ambos já tinham percebido os olhares dela na direção da mesa na varanda; mas, discretos, não fizeram comentários.

Já ela, estava tão irritada que mal ouvia o que os dois estavam falando.

Comeu bem, mas bebeu ainda mais.

E quando ela, Richardson e Adam terminaram de comer, a mesa de liam já estava na sobremesa.

— E então? Vamos? Vou levá-los direto para onde acredito que Feng está escondido! — Adam disse.

— Vocês me esperam só um minutinho? — Elenor pediu, levantando-se da mesa e deixando sua parte da conta. — Paguem aí que, quando eu voltar, já saímos direto, beleza?

Então ela seguiu reto até onde queria:

— Boa noite, Liam! — Sua voz e sua expressão já deixavam claro que, naquele momento, seu temperamento esquentado estava no comando, inflado ainda mais pelos Sucos de Cevada ingeridos. — Tudo bem?

— El! — Ele se levantou, surpreso ao vê-la ali e, principalmente, um pouco desconcertado pela maneira com que ela tinha falado com ele.

— E aí, Liam, uma delas é sua parente? — Perguntou, direta.

— Como? Não! Elas são minhas ami...

— Ah, são suas amigas? Então você me disse que estava trabalhando, mas eis onde te encontro: curtindo em um restaurante com suas duas “amiguinhas”, né?

— El, você tá brincando comigo, né?... — Ele disse, já meio decepcionado com a desconfiança dela.

— Eu realmente pareço estar brincando com você?!! — Ela perguntou, ficando ainda mais irritada.

— Pode falar direito comigo, por favor? — Ele pediu.

— Você mentiu pra mim!!!

— El...

— Para de me chamar de “El”! Meu nome pra você agora é Elenor!

Ele respirou fundo: — Elenor, será que podemos conversar melhor amanhã? No momento, estou em um jantar de negócios com minhas duas amigas e você está fazendo uma cena por nada.

— Você deve achar que eu sou uma idiota, não é?!! Talvez porque a minha conta bancária não chegue aos pés da sua?!! Ou porque talvez eu seja apenas mais uma na sua listinha de playboy babaca?!! — Era tarde: ela já tinha perdido a cabeça.

Lá dentro, as pessoas já começavam a perceber que havia uma situação lá fora.

— Será que devemos intervir agora? — Richardson perguntou, preocupado com a amiga.

— Melhor a gente esperar mais um pouco. — Adam disse, fingindo olhar o cardápio.

— Olha,... — A morena, Luisana, levantou-se. — Se você não quer ouvi-lo, vai me ouvir.

— Mas então a sujeitinha aí vai tentar defender o pobrezinho do Liam? — Elenor perguntou, com ironia.

— Escuta aqui, oh, louca! Você me respeite! Eu e a Lauren conhecemos o Liam desde o colegial, entendeu? E estamos aqui à negócios! Além do mais,... — Luisana foi então interrompida por Elenor, que lhe deu um empurrão no ombro.

— Cala a boquinha e fica no teu lugar, queridinha! Pra não sobrar pra você, você tá me entendendo? — Elenor estava completamente fora de si.

— Elenor, por favor, para com isso e vai pra casa! A gente conversa amanhã! — Liam ainda tentou fazer com que ela o escutasse.

— Eu não tenho mais nada para falar com você, Liam, seu imprestável, infiel, safado!!!

— Como é que é?!! — Ele exclamou, impressionado com aquela cena. — Elenor, nem aceitar meu pedido de namoro você fez! E agora você está aqui me tratando desse jeito e sem motivos?!!

— Ah, então é por isso que você está saindo com outras? Porque o mimadinho não aguentou receber um “não”? Porque prefere passar seu tempo com esses tipinhos fáceis?!!

Lauren, a loira, nem falava, de tão assustada que estava com aquela baixaria!

— Gente, essa mulher é louca! — Luisana disse.

— Eu sou louca? Pois vou te mostrar a louca, sua horrorosa! — Elenor disse, indo para cima dela.

— Ok. Agora já deu! A coisa vai engrossar ali fora! Vamos! — Richardson se levantou rápido da mesa.

Mas os dois não chegaram a tempo; a briga já tinha começado!

— Separa as duas!!! — Lauren gritou para o amigo.

— Elenor, para com isso!!! — Liam tentou afastá-las, mas sem sucesso.

— Detetive, licença! — Um dos garçons se aproximou de Richardson, mas, nervoso, não se atreveu a ficar ali fora. — Será que poderia controlar essa confusão?

— Faremos isso. Não se preocupe. Agora se afaste e mantenha todos lá dentro. — Ele respondeu. Então se voltou à briga e gritou: — BLACKWOOD, CHEGA!!!

— Já acabei mesmo! — Elenor disse, batendo uma mão na outra, como quem dizia: “tá vendo? Venci!”. — Mais alguma coisa que queira me dizer, queridinha?

E Luisana caiu no choro, logo sendo abraçada por Lauren, que tentava confortá-la: — Calma, Lui! Eu estou aqui, ok?... Essa mulher é uma doida varrida!!!

— Quer tomar uns tabefes também, loirinha? — Elenor perguntou.

— Você bateu na minha noiva, sua doente!!! — Lauren gritou.

— Ah, agora vão inventar que estão juntas! Que conveniente! — Ela riu.

Então Lauren pegou o rosto de Luisana e tascou um super beijo na amada.

— Está feliz com sua ceninha, Elenor?!! — Liam fechou a cara.

— Se isso é um truque para limpar sua barra... — Elenor ia falar mais, mas Liam a interrompeu.

— CHEGA, ELENOR! É inacreditável!... — Ele suspirou, entre irritado e decepcionado. — Nem diante dos fatos você consegue ver o quão injusta está sendo! Luisana e Lauren são minhas amigas, vão se casar e iriam alugar meu bar-boliche para fazer a festa lá. Agora não sei mais se elas vão querer, né? Já que a minha não-namorada-sem-noção resolveu fazer um barraco por nada e bater em uma das minhas amigas!

“Geeeeeeeeente!!! Kkkkkkkkkkkk...”, Adam divertia-se com a cena

— Então elas... — Elenor foi finalmente caindo em si; a fúria, que tinha tomado conta dela, já se esvaindo. A mente começando a processar as coisas com mais razão.

— Pois é, Elenor. Elas são um casal e são minhas amigas! — Liam disse, ríspido.

E Blackwood então perdeu a fala diante da realidade dos fatos, enquanto Richardson perguntava para Lauren e Luisana:

— Escutem, meu dever é perguntar: vocês desejam fazer uma queixa de agressão? Podemos ir todos à delegacia de Magnolia Promenade e um Boletim de Ocorrência será feito.

Luisana estava muito irritada, mas ela olhou para Liam e, apenas por causa dele (já que percebeu que o empresário estava muito desconcertado), ela decidiu acabar com aquela confusão ali mesmo; então respondeu Richardson, após enxugar as lágrimas: — Não vou fazer nenhuma queixa.

— Mas, Lui!!! — Lauren a olhou, deixando claro que era contra essa decisão.

— Em casa eu te explico melhor, Lauren... — Ela disse baixinho para a noiva; o fato é que não queria tornar a noite ainda pior para o amigo e para elas também. Então se voltou para o detetive e falou: — A única coisa que peço é que levem essa mulher daqui e façam com que ela coloque seu juízo no lugar.

— Liam, eu sinto muito!... — Elenor disse, com um fio de voz; depois olhou para as duas e repetiu: — Eu realmente sinto muito!... — Naquele momento, ela estava absolutamente sem jeito.

— Pelo Grande Prisma Amarelo de Vergonha, Elenor! Vamos embora daqui! Ainda temos trabalho para fazer essa noite!!! — Richardson colocou uma mão nas costas da amiga e foi saindo com ela.

E Liam nem olhou para trás, chateado, magoado e completamente sem graça com o ocorrido.

— Vou dizer ao gerente que já está tudo sob controle. — Richardson disse, indo na frente, enquanto Elenor andava cabisbaixa e sentia-se completamente constrangida por seu comportamento minutos atrás; e infelizmente não era a primeira vez em que se metia em uma situação daquele tipo por conta de seu temperamento tempestuoso, piorado principalmente depois das traições do ex-namorado anos atrás.

Lá fora, mesmo com todos ainda bem exasperados pela situação vivida, Liam, Luisana e Lauren tentavam acalmar uns aos outros; os três se esforçando para recuperar o mínimo de noção de “normalidade” e tranquilidade no ambiente.

Mas, pelo menos para Liam, fechar ou não o aluguel do bar com suas amigas era o de menos. O que pesava em seu coração era ter constatado, da pior maneira possível, o porquê de Elenor ter dito “não” a seu pedido de namoro feito semanas antes: ela não confiava nele. E isso era algo que nem um bilionário, como ele, poderia comprar.

Lá fora,...

— Blackwood, se não quiser ir conosco, tudo bem. Vamos entender. — Richardson disse.

— Escutem: o que houve aqui tem a ver apenas com a minha complicada vida pessoal. Vocês sabem que no trabalho sou bem melhor. Então, vamos pegar aquele deputado safado, ok? — Ela falou tentando demonstrar mais controle, apesar de sua cara transparecer o quanto ainda estava abalada com o que tinha feito.

Adam sorriu: — Beleza. Então vamos nessa!

Em Oasis Springs,...

Chegaram de madrugada na cidade.

Richard então estacionou seu carro de ré, perto de seu trailer e de seu caminhão de comidas.

— Curti o lugar, hein! Então é aí que você mora? — Axl estava impressionado. Não que fosse difícil deixá-lo maravilhado.

— Exatamente, meu rapaz! Quando eu e minha ex nos divorciamos, peguei minha parte do que tínhamos e vendi tudo. Daí me mudei do Terceiro Império para cá, comprei esse terreno, o trailer, o caminhão e montei um pequeno estúdio de gravação. Depois só precisei cuidar de alguns detalhes legais, coisa rápida nesta nação, e contratar algum pessoal para deixar tudo funcionando. Com as leis daqui, levei meia hora para abrir minha empresa! Em Starlight Shores me disseram que levaria 101 dias para eu fazer isso, mas me contaram que, na prática, seria bem mais. Lá há muita “burrocracia”. — Richard disse.

— E vocês vendem pizza de pepperoni? — O vocalista perguntou, faminto.

— Com certeza! Vamos lá! — O homem sorriu, dirigindo-se com Axl às mesas. — Vendemos pizzas e hambúrgueres.

— Olha, se a tem a de pepperoni, isso aqui já é o paraíso pra mim! — Ele sorriu.

E, pouco depois, sem muita demora, foram servidos.

Richard então foi direto ao assunto:

— Escuta, Axl: eu vi a apresentação de vocês e eu gostaria de administrá-los e produzi-los. O que acha?

— Iiiiih, você trouxe o cara errado pra responder isso! — Ele riu. — Quem resolve tudo da banda é o meu primo: o Dave!

— Bem,... Deixe eu te contar uma história: eu procurei duas bandas antes de chegar até vocês, mas eles me acharam “muito pequeno” e não apostaram as fichas em mim... Eu não os condeno por isso. Sei que só falaram comigo porque pensaram, pelo meu visual, que eu tinha “poder” e “influência”. Tudo é a “primeira impressão”, sabe?... Mas eles se decepcionaram ao ver meu estúdio. O que eles não entenderam é que, se eu posso vender minha imagem como a de um cara importante, apesar d’eu ainda não ter muita coisa, eu posso transformar qualquer uma das bandas daqui em algo gigantesco! Enriqueceremos juntos!

— Hmmm... — Era difícil dizer se o “hmmm” de Axl era pelo que comia ou pelo que ouvia.

— Então, garoto, as minhas perguntas são: você quer ficar rico, ser um milionário? Quer ter Simoleons sobrando? Comprar o que quiser? Quando quiser? Ser a capa de revistas sobre música? Ser convidado especial em shows na televisão e em programas na internet? Ter milhões de fãs em todos os Impérios? Todos loucos por você, por sua voz, por suas canções? Você quer?

— Hoje? Tipo,... Agora? — Axl perguntou.

“Pelo Grande Prisma! Eles me disseram que ele era meio ‘lento’, mas eu não imaginei que fosse tanto!”, Richard pensou.

— Ninguém consegue essas coisas assim, imediatamente! Precisaremos trabalhar muito, gravar as músicas certas, tocar nos locais certos, conhecer as pessoas certas! Mas, agora, vamos apenas terminar de comer e então te mostro uma canção que tenho certeza que será sucesso se cantada por você, ok? — Richard sugeriu.

— Por mim, beleza! — Axl disse, animado, caindo na pizza.

Então, após terminarem o lanche, os dois seguiram para o trailer.

— Deve ser maneiro levar sua casa para onde quiser. — Axl sorriu, olhando o lugar.

— Acredite: será ainda mais maneiro quando eu for um endinheirado e puder comprar uma mansão em Brindleton Bay, por exemplo.

— Já morei lá. Minha vó mora lá. — O vocalista sorriu, lembrando-se.

— Legal. Agora vamos ao estúdio. É simples, mas podemos fazer um som de qualidade ali. — Então seguiram para o local.

E Axl, novamente, ficou realmente impressionado:

— Paredes com isolamento acústico?!

— Sim! — Richard sorriu. — E microfone profissional!

— Este é o quarto dos meus sonhos! — Axl sorriu. — Eu poderia dormir no chão e, ainda assim, estaria feliz!

— Escuta,... — Richard disse, puxando a cadeira para sentar e ligar o computador: — Se você topar gravar agora essa música que tenho aqui, você leva o resultado para sua banda, mostra para eles e os convence em me aceitar como empresário e produtor de vocês, o que acha?

— Por mim, fechou! — Ele respondeu sem pensar duas vezes, empolgado.

— Então vem cá. Quero ver se pega esse som rápido, então vou gravá-lo tocando e cantando. — Richard sorriu.

E logo Axl começou a aprender a melodia e a letra de uma nova canção chamada “Welcome to the Wilderness”*; eles passariam três horas trabalhando nela, com bastante Suco de Cevada disponível e pizzas à vontade, com o vocalista aprimorando um riff** que seu primo Dave tinha feito tempos atrás, quando eles ainda viviam na casa da avó.

* Tradução: “Bem-Vindo à Selva”; uma homenagem desta autora à “Welcome to the Jungle”, do Guns N’ Roses. S2

** Explicação: riff é uma gíria muito utilizada no mundo da guitarra para descrever um pequeno trecho executado nesse instrumento. Por exemplo, a introdução da canção “Sweet Child O' Mine” (do Guns N' Roses) é um riff. Geralmente, o riff é um trecho repetido mais de uma vez na música.

Assim, depois das 4h da manhã, começaram finalmente a gravar.

Com Axl, como sempre, cantando e tocando como se já estivesse em um palco e de frente para milhares de fãs.

San Myshuno, na Cidade Alta.

Na cobertura dos Refaeli.

Isabella já tinha tomado todas na cozinha: um copo de néctar atrás do outro. E isso certamente não a ajudou a se sentir melhor; pelo contrário.

Assim, logo foi tocar e cantar uma música que expressava seus sentimentos.

[Música de Cena: L’Âme Immortelle - Life will Never Be the Same Again]

— ♫ On snow covered mountains, / My soul lies to sleep. / Silent crying inside, / My pain is so deep!... / Counting the days / As time passes by. / Thinking of past times, / I break down and cry! / Life will never be the same again. / Life will never be the same again... ♫

E as lembranças vinham com ainda mais intensidade. Tempos que não voltariam...

* Tradução: Em montanhas cobertas por neves, / Minha alma jaz a dormir. / O silêncio chora por dentro, / Minha dor é tão profunda!... / Contando os dias / À medida que o tempo passa. / Pensando no passado, / Eu fico triste e choro! / A vida nunca mais será a mesma. / A vida nunca mais será a mesma...

Memórias de quando ela era uma criança...

E saía para passeios com sua família toda junta, unida.

Como ela sentia falta de abraçar seu pai! O que ela não daria para poder fazer isso novamente!

Lembrou-se dos momentos quando os pais os ajudavam nos projetos escolares.

Em como eram bons os momentos com eles!

— ♫ Counting timeless tears / Which I split for you. / You are my obsession. / I don't know where you're gone to. ♫

* Tradução: Contar lágrimas intermináveis / Que eu derramo por você. / Você é minha obsessão. / Eu não sei para onde você foi.

Lembrou-se dos beijos de boa noite de seus pais e de como eles faziam falta!

As mínimas conversas e os momentos mais comuns e rotineiros, como simplesmente comer uma pêra do lado de fora da casa, deixaram uma saudade que doía.

— ♫ I dream a dream of hope / Under moonlight stars. / Tortured by reality, / Which has left its scars. ♫

Até dos momentos chatos ela sentia falta... Quando, por exemplo, Nick era grosso com ela e os pais a defendiam.

* Tradução: Eu fantasio um sonho de esperança / Sob as estrelas iluminadas pela lua. / Torturada pela realidade, / Que deixou suas cicatrizes.

Os abraços eram sempre tão reconfortantes!...

Ou quando o pai tocava teclado para que ela cantasse.

E dos finais de tarde quando os três se juntavam para jogar basquete!

Nick geralmente vencia dos dois, mas, ainda assim, eles se divertiam!

— ♫ Life will never be the same again. / Life will never be the same again. / Life will never be the same again. / Life will never be the same again... ♫

* Tradução: A vida nunca mais será a mesma.

Havia os jantares fora todo sábado e/ou domingo. E eles amavam o Italiani, em Newcrest!

Cinema, eles tinham que ir uma vez ao mês, juntos.

E ainda havia as viagens à casa de férias da família, em Granite Falls, onde aproveitavam as noites ao redor da fogueira, jogavam, pescavam e passavam divertidos momentos juntos!

Ela vocalizava lindamente naquela canção.

* Nota: parte masculina não cantada pela personagem: In a world without feelings, / My dreams are all dead. / No one beside me. / I know where I am at! / Embracing the silence / In my loneliness. / Trying not to fear / All the things I posses!

* Tradução da parte acima: Em um mundo sem sentimentos, / Meus sonhos estão todos mortos. / Ninguém ao meu lado. / Eu sei onde eu estou! / Abraçando o silêncio / Em minha solidão. / Tentando não ter medo / De todas as coisas que eu tenho!

E, claro, havia os churrascos em família, com a presença de poucos e próximos amigos...

Victor Feng e sua esposa Lilían eram sempre os que chegavam primeiro e os que passavam mais tempo com eles.

Stein tinha Victor como seu melhor amigo.

Isabella tinha confiado nele.

Toda a família Refaeli tinha recebido aqueles dois com seus corações abertos.

— ♫ Life will never be the same again. / Life will never be the same again. / Life will never be the same again. / Life will never be the same again... ♫

Mas foram traídos por Victor Feng, que, de acordo com ele próprio, no vídeo exposto na internet, tinha sido responsável pela morte de Stein. Além disso, agora a família não tinha certeza sobre até onde Lilían era tão inocente assim. O coração deles agora era dor, angústia e arrependimento pela confiança depositada naquele casal.

* Tradução: A vida nunca mais será a mesma.

Bella se lembrou até da mais recente virada de ano, quando eles celebraram a data com os Feng*... E ela se sentia culpada por jamais ter suspeitado que o assassino de seu pai convivia com eles.

* Nota: essa comemoração ocorreu no Capítulo 5 desta série.

— ♫ Life will never be the same again. / Life will never be the same again... ♫

* Tradução: A vida nunca mais será a mesma. / A vida nunca mais será a mesma...

Tentou não pensar no dia que Stein pegou o hidroavião pela última vez; no último abraço que ele deu nos filhos, no último beijo que ele deu na esposa...

Mas as lembranças vinham e as lágrimas também...

Então, naquele momento, a sensação foi terrível e velha conhecida, mas veio de uma forma tão avassaladora que se sentiu impotente para reagir e lutar, como costumava fazer das outras vezes...

A dor que sentia era insuportável e, naquelas condições, agravadas pela bebida, a sensação de estar em um buraco completamente escuro, sem escada alguma na qual pudesse subir e escapar daquele sofrimento e tormento, tornou-se um peso insustentável. E ela encontrou-se temporariamente cega para as coisas boas que a rodeavam, não porque queria isso (ninguém nunca quer isso), mas porque, ali, naquele momento, estava altamente fragilizada, sem condições de ater-se a sua realidade, e sem alguém que pudesse lhe ajudar.

Então apenas caminhou a passos lentos para a área da piscina. Suas pernas tremiam, sua visão já turvava, não apenas por causa das lágrimas, mas porque já não sentia-se fisicamente bem.

Ela não tinha condições de pensar com racionalidade naquele momento, muito menos de avaliar as consequências de suas ações. Ela só queria acabar com a dor que sentia, tão fortemente, em sua alma. Assim, Bella se jogou na piscina.

E, passando mal, não teve nem como gritar por socorro...

Recado da autora: olá, amigo(a) Simmer! Depressão é uma doença séria e grave. Então, se você (ou algum familiar e/ou amigo seu) anda se sentindo triste demais, sem vontade de viver, falando muito em desistir da vida, por favor, assista ou peça que essa pessoa veja o vídeo abaixo. E lembre-se: toda tempestade passa; então, não desista!

Obrigada, amigo Simmer, por acompanhar minha história!

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Tenha um ótimo final de semana! :)

CRÉDITOS:

SIMS:

Baixados da Galeria e, alguns, modificados.

LOCAIS:

Cobertura dos Refaeli: Luxus Penthouse, by bethowen111; a versão usada em minha história (com minhas modificações), encontra-se em isarpgista, como Refaeli’s Penthouse;

Restaurante Italiani: modificado by isarpgista (original por irrelephant7);

Cinema: Cine Keru Windenburg, by Kerubere;

Restaurante Food Truck do Geffen: by isarpgista (originais de sasawoody43 – trailer - e de LouCvz – caminhão de comida). 

OUTROS:

Cabelos (Maxis Match):

Cabelo Chanell (usado em Isabella e em Marit);

Cabelo Innovation Hair (usado em Isabella adolescente);

Cabelo Nightcrawler Lydia (usado em Isabella adolescente na piscina).

Obrigada a todos criadores!

Thank you to all creators!