Imperium - 8 - Greggorius Lunvik

IMPERium 

Capítulo 8 – Greggorius Lunvik

 

Resumo do Capítulo Passado:

Em Forgotten Hollow, o Rei Tritão não concorda em ajudar Kess a encontrar o Colar do Disfarce; Straud, a Vanderbug, Blu, Marguerite e Hekekia se divertem na sala de entretenimento; o lobisim Greggorius Lunvik invade o aposento, jogando a Rainha Maga Eva Miller no chão.

 

Quarto Império. Forgotten Hollow.

Na Mansão Hotel Straud.

 

 

E então a criatura vociferou:

— Esqueceu de chamar o Rei Greggorius Lunvik e a Rainha Eva Miller para sua “festa”, vampiro imundo?

A Rainha Maga então correu para o lado de Kess, ao mesmo tempo em que Straud se aproximou rapidamente de Lunvik, intimidador:

 

— Como ousa entrar no meu castelo sem ser convidado, escória?!! — O vampiro estava possesso.

— Vim exigir que eu seja oficialmente reconhecido como o Rei dos Lobisims, cadáver!!! Moonwood Mill está de volta! — Greggorius vociferou.

— NUNCA. Você e os seus serão MEUS súditos, meus cachorrinhos pulguentos que vão aprender a se comportar!

— EU VOU ARRANCAR SUA LÍNGUA, DEFUNTO!!!

— Parem com isso!!! — Kess falou um pouco mais alto, alterada com a discussão dos dois. Mas logo voltou ao seu tom de voz sereno: — Vamos nos sentar e discutir isso civilizadamente na sala de jantar desta mansão.

— Concordo com a Rainha Kess. — Marguerite disse.

— Eu também concordo com a Rainha Kess. — Hekekia também se posicionou.

— Apesar de sua chegada agressiva, Greggorius veio para ajudar! Vamos acalmar os ânimos!!! — Mas apesar de Eva ter dito isso, praticamente ninguém ouviu, já que todos ficaram exaltados com a “grande entrada” do lobisim.

 

— Só aceitarei que essa coisa se sente a minha mesa, sob meu teto, se ele me vencer em uma luta-livre sobrenatural. — Vlad disse, arrogante.

— Vamos lá para fora para eu te dar essa surra, vampiro! — O lobisim falou.

— Território vampiro! Então vencer essa luta é o pré-requisito para a conversa. Vamos à frente da casa. — O Rei Blu disse.

E, assim, saíram todos, com Eva ainda tentando apaziguar os ânimos e explicar as coisas.

Estava perto de amanhecer e o céu já estava claro; a tempestade já tinha ido embora.

Os seguranças que estavam lá fora, que trabalhavam para a Vanderburg, tinham deixado Greggorius entrar por ordem de Eva. Eles observaram, curiosos, aqueles regentes indo à área externa; e Eva, que já tinha desistido de explicar as coisas naquele momento, deu a ordem para que aqueles agentes não se metessem em qualquer ação que acontecesse ali. E então a luta entre o vampiro e o lobisim começou.

Vlad voou, objetivando ter alguma vantagem sobre seu inimigo, mas o lupino deu um salto enorme, alcançando o vampiro com suas garras. Então a batalha ficou feroz. Ninguém tirava os olhos daquela cena. Os dois estavam engalfinhados, dando socos, garradas, mordidas e chutes um no outro.

 

E quando a poeira da batalha se dissipou, foi com espanto que viram que Greggorius tinha derrotado seu mortal oponente. O lobisim poderia ter matado seu inimigo mortífero, mas Lunvik tinha outro objetivo naquela noite, como Eva já tinha tentado explicar antes.

Finda a luta, Greggorius olhou para todos e disse:

— Onde é a sala de jantar?

E seguiram para lá, com Vlad transtornado e sentindo-se humilhado por ter perdido aquela peleja. “Porcaria! Esse cachorro pulguento me pegou enferrujado!”, o vampiro pensou, irado.

 

Poucos minutos depois:

 

— Greggorius, pode voltar a sua forma humana para conversar conosco? — Eva pediu.

E então ele assentiu, fazendo isso; e para quem esperava que ele parecesse um selvagem, ele aparentava mais ser um cavalheiro.

 

Assim que ele se sentou, Kess virou-se para Eva e perguntou:

 

— O que houve com Vossa Majestade, Rainha Eva?

 

— Que pergunta tola, Kess. O que acha que aconteceu? É óbvio que Lunvik atacou a Rainha Maga. — Straud falou, impaciente.

 

— Não foi bem assim. — Greggorius se defendeu. — Ela invadiu meu território, vampiro estúpido. Se bem que eu chamar um vampiro de estúpido é redundância. O que te faz pensar que eu a atacaria de graça e ainda a traria para cá, cadáver?

— Na verdade, você a jogou no meio da sala de entretenimento. — Hekekia riu. — Não foi bem uma entrada do tipo “vim na paz”, né?

— Olha a língua, lobo! — Straud olhou feio para o lobisim. — Você está no MEU território!

— E isso não te impediu de apanhar de mim! — Lunvik sorriu.

Vlad já ia se levantar para brigar novamente, mas Eva o segurou pelo braço, dizendo:

— Parem, vocês dois!!! Greggorius me jogou porque estava na forma selvagem dele. Não podemos esperar muitos modos de um lobisim, nessa forma, por conta de sua fúria. Mas é verdade o que ele disse. Eu realmente acabei invadindo o território dele.

— Por gentileza, esclareça logo o que ocorreu. — Vlad disse, irritado.

 

— Fui atacada por um sujeito conhecido como Necromante. — Eva disse, ainda assustada com o que tinha passado horas antes.

— Hmmm... Eu me lembro dele. Se for o mesmo que estou pensando, ele tentou me matar algumas vezes, sem sucesso, no passado. — Vlad disse, pensativo. — Durante os dez anos da Guerra dos Distintos, o Necromante fez parte do grupo Combatentes pela Expurgação, que foi o maior movimento anti-sobrenaturais deste Império. Alguns membros desse grupo chegavam a se tornar sobrenaturais apenas para “lutar em condições de igualdade” contra vampiros, merfolks e plantaSims. Sentiram a hipocrisia deles?... Além disso, a maioria deles era mago. Eles não viam problemas em se tornar conjuradores. Mas quando a guerra acabou e a paz foi selada pelo Rei Nooa Windsor, muitos deles, desgostosos, foram embora para outros Impérios, principalmente depois que os magos também foram categorizados como sobrenaturais.

— E ele ficou conhecido como Necromante porque ele era um dos poucos que criava mortos-vivos. — Eva disse, séria. — Quando me atacou, estava com dois zumbis magos.

Vlad ficou ainda mais sério e disse:

— Não sei se sabem, mas zumbis naturais, aqueles que se levantam por si mesmos, estão sob a minha regência. Se alguém usa magia para criar zumbis, se torna meu inimigo pessoal. — Então Straud olhou para todos, mas focou mais em Lunvik: — E sabe o que é um necromante, lobo? Uma espécie de mago capaz de transformar corpos em zumbis para que sirvam a seus objetivos macabros.

— Eu sei muito bem o que é um necromante, imbecil. — Greggorius praticamente rosnou para o vampiro ao dizer isso.

— A Necromancia é proibida em nossa nação. A pena para quem ousa praticá-la é o Corredor Final*. — Eva falou. — O último necromante que tivemos neste Império, Elthas Oduvious, foi decapitado há séculos atrás.

— Lembro dele também. — Vlad disse. — Está enterrado aqui em meu cemitério e faz parte da minha coleção de caçadores eliminados.

— E como foi esse ataque, Rainha Eva?? — Kess perguntou, ignorando a última frase dita pelo vampiro.

A maga respondeu:

— Não sei como ele passou pelos seguranças e entrou no Palácio Von Assombro, onde eu dormia. Só sei que acordei com ele no quarto onde eu estava; e que ele e seus zumbis magos tentaram acabar comigo. Mas, por sorte, consegui fugir. Então, enfraquecida, eu corri muito, a pé pela floresta, até que entrei nas brumas. Sinto que andei por muito tempo na névoa mágica e fantasmagórica. Quando cheguei em outra área florestal, fui atacada por Greg, pois acabei acidentalmente invadindo o território dele, em Moonwood Mill, que, como podem ver, já surgiu em nossa nação.

 

* Nota: “Corredor Final” = Pena Capital.

 

— E que interessante que esse ataque aconteceu logo agora que Moonwood Mill apareceu. Que “coincidência”, não é, Greggorius? — Vlad falou, irônico. — E, Rainha Kess, você ainda teve a audácia de propor que esse sujeito se sentasse a minha mesa, na MINHA casa. Tenho certeza que lobisims estão envolvidos nisso.

— Esta é uma situação atípica, Rei Straud. Precisávamos nos reunir imediatamente, ok? E vamos nos abster de fazer acusações sem provas. — A Vanderburg disse.

— Escutem. Vamos ter calma. — Eva falou. — Há mais a ser dito: o Necromante me disse que ele foi quem matou a família Baroni-Windsor.

E um silêncio pesado tomou conta do ambiente.

Então a Rainha Maga continuou:

— Isso o torna o inimigo “Número 1” de nosso Império. Já acionei o Serviço Secreto Real e vamos decidir como será a caçada a esse sujeito; se vamos colocar isso na mídia ou não.

— Mas por que ele a atacou e por qual motivo ele se entregou sobre o assassinato se ficou quieto por tanto tempo? O que mudou? — Kess perguntou.

— Ele ia me destruir. Talvez tenha confessado achando que eu logo estaria morta. E o objetivo dele é se tornar o único regente de todos os seres do Quarto Império. — Ela respondeu.

— Então ele virá atrás de todos nós. — Marguerite disse.

— Essas marcas em Vossa Majestade foram do ataque da criatura ou de Greggorius? — Blu perguntou.

— Foram do ataque de Greggorius. Mas isso não importa. — Eva falou, séria. — É que quando Greggorius me atacou, lutamos. Mas eu o congelei com o feitiço Congelate e, depois, pude explicar o que estava acontecendo, pois eu o reconheci. Então me curei um pouco; não pude me curar totalmente porque eu já estava bem fraca, e é por isso que ainda estou com essas marcas; e perguntei se Greg não poderia me trazer para cá, pois eu sabia que vocês estariam todos aqui e que precisaríamos conversar imediatamente sobre isso. Ele relutou um pouco, por ser território vampiro, mas, por fim, aceitou me ajudar.

 

— Eu não entendo. Já faz alguns meses que os Baronis-Windsors foram mortos. Por que ele só voltou a atacar agora? — Kess perguntou.

— Porque certamente ele gastou muito poder mágico, que chamamos de Mana, para levantar todos os mortos que causaram os acidentes que vitimaram todos os membros da Família Real. Ele com certeza estava descansando para recuperar seus poderes. — Eva respondeu. — O Necromante deu as ordens para que seus zumbis causassem os acidentes e, claro, as criaturas foram destruídas no processo. Mas ele deve estar em um lugar seguro e protegido, pois nossas magias não conseguiram ver tudo isso.

— Então o tal Necromante é mais poderoso do que nossa atual Rainha Maga? — Vlad a olhou com um certo desdém.

— Você não é ingênuo, Straud. — Eva respondeu, seca. — Ele também vai tentar destruí-lo, afinal, o Necromante quer ser o único regente. Teremos que nos unir para lidar com essa ameaça.

— Meus vampiros estarão atrás dele, pode ter certeza. — Vlad disse, seco.

 

— Moonwood Mill acabou de chegar a esta nação e vocês já me entregam problemas. Meus lobos ficarão fora disso. A única coisa que quero é meu lugar como regente de meu povo. E vampiros estão proibidos de pisar em meu território.

— Diz o sujeito que veio pisar no MEU território e que está sentado na MINHA sala! — Straud falou, irritado.

— Tornando-se regente também, o senhor também se tornará um alvo do Necromante, Sr. Lunvik. — Kess disse.

— Ele que venha. — Greggorius respondeu, confiante.

— Pois bem. — Eva disse. — Já sabem de tudo que aconteceu, então, aproveitando que estamos todos juntos aqui, faremos uma votação oficial rápida. — Ela olhou para Greggorius: — Caso se torne Rei dos Lobisims e senhor do território de Moonwood Mill, seguirá nossa Constituição, nossas leis e protegerá os direitos e deveres dos nossos cidadãos e de seus regentes? Será leal ao nosso futuro Líder Nacional? E isso inclui participar da caçada ao assassino Necromante. Concorda com tudo isso, Greggorius?

Lunvik não gostou muito de ouvir aquelas palavras; não gostava de se sentir na obrigação com tudo aquilo, mas respondeu:

— Concordo. Que escolha tenho, não é?

— Pois bem. — Eva continuou: — Vossas Majestades aqui presentes, aceitam Greggorius Lunvik como um Regente? 

 

— Aceito. — Kess, Marguerite, Blu e Hekekia disseram, praticamente juntos.

— Faço objeção. — Vlad disse, como todos já esperavam.

— Acompanho a maioria. — Eva disse. — Bem-vindo ao Quarto Império, Rei Greggorius Lunvik.

— Mas eu quero uma retratação de Straud em toda a mídia. — Greggorius falou isso quase rosnando, enraivecido. — Eu já soube que ele disse, em uma coletiva, que meu povo estava por trás da morte dos Baronis-Windsors. E ele vai ter que pagar por isso!

Vlad só riu.

 

— Como sabem, meu território é a Clareira Sylvana. — Marguerite disse. — Eu não tenho uma rede de espiões e de agentes para ajudá-los. Minha vida é muito pacífica, muito, muito. E também é bem raro eu sair de lá. Praticamente só apareço em nossas reuniões de trabalho, para cuidar dos interesses de meus súditos, ou em alguns eventos importantes, como o jantar de hoje aqui em Forgotten. Mas todas Vossas Majestades são bem-vindas em meu Reino e meu povo ajudará no que for solicitado.

— ♫ Meu escritório é na praia; eu tô sempre na área! ♫ — Hekekia falou. — E meu povo Merfolk também está à disposição para dar um help no que for preciso.

— Ah, é? — Kess o olhou e imediatamente percebeu uma imperdível oportunidade ali, que não deixou escapar: — Sabe, Rei Tritão, tem um colar chamado “Colar do Disfarce” que está perdido há séculos no seu território por conta de um naufrágio. Pode achá-lo para mim e me entregar? Sem ser reconhecida posso ajudar mais e conhecer melhor esta nação.

— Errr... — Hekekia ficou altamente desconfortável com aquela ação dela.

— Acho que essa é uma ótima ideia, Kess. — Eva falou. — E, para sua sorte, Hekekia já tem esse Colar e está sempre com ele, não é, Heke? Por favor, entregue-o à Rainha Kess. — O tom de voz da Rainha Maga era firme e deixava claro que não aceitaria uma negativa do regente do povo Merfolk.

O Rei Tritão então escondeu perfeitamente seu descontentamento e levantou-se, indo até a Vanderburg, que se levantou também para receber o “presente”, estendendo a mão:

 

— Obrigada pelo presente, Rei Tritão; e por sua boa vontade em ajudar. — Kess disse, com cuidado para não parecer irônica ou cínica. Não desejava criar atrito com ele.

“Mas que droga!”, ele pensou enquanto entregava o item a ela; ele devia alguns favores à Eva e não pôde dizer não ao pedido da Rainha Maga. Hekekia era um pouco apegado aos seus “tesouros”; ele nem usava aquilo, mas como o tinha encontrado, era seu e somente seu; era um acumulador nato. “Aposto que agora vai jogar no lixo a promessa da campanha para que seus súditos poluam menos!”, ele pensou.

 

— E não se esqueça que, ainda esta semana, faremos juntos aquela campanha! Sem poluição e mais ação! — Kess sorriu.

— Sei. — O Rei Tritão disse. — Quero ver na prática. E esse colar é emprestado, ouviu? Depois quero de volta.

— Claro, claro. — Ela forçou um sorriso.

E voltaram a se sentar.

 

— Eva, meus agentes também buscarão por pistas que nos façam chegar ao Necromante. — Blu disse. — Vamos encontrá-lo e ele pagará por seus crimes.

Então todos conversaram um pouco mais, até que Straud encerrou a reunião, pois ele precisava ir para seu caixão descansar.

 

Quando estavam indo embora:

 

Kess gostou que Greggorius acabou aparecendo ali; então, com um plano em mente, e vendo que ele estava saindo sozinho, ela foi rapidamente até ele, ciente de que Vlad certamente escutaria aquela conversa, e lhe perguntou:

 

— Rei Lunvik, Vossa Majestade saberia algo sobre um homem chamado Vince Donadio?

— Gostei do “Rei” e do “Vossa Majestade”. Posso me acostumar fácil com isso. Mas qual é a sua relação com Donadio?

Dali de perto, apesar de estar conversando com Eva, Straud realmente escutava a conversa toda da Vanderburg com o lobisim.

— Ele é meu... amigo. E eu soube que ele está em apuros e gostaria de ajudá-lo. Se Vossa Majestade souber ond...

Mas ela foi então interrompida bruscamente por Greggorius; ele falava de forma ríspida, grossa, mas não alta (pois entendia que aquele assunto era apenas dos dois):

 

— Você acha que vai me enganar com esse seu papinho furado e essa vozinha doce, Vanderburg?! Aquele caçador me causou muitos problemas e vai apodrecer em Moonwood Mill! Esse é um assunto do meu povo e você não tente colocar esse seu dedinho frágil nessa história!!! Ou vou me deliciar arrancando sua bela cabeça desse seu corpo esquálido.

 

— Ei, Lunvik! Quem você pensa que é para falar com minha convidada desse jeito na minha casa?!! Se mande daqui AGORA. — Vlad se aproximou dos dois, com o dedo em riste na direção do lobisim. — Saia daqui AGORA!!! Você e os seus não são bem-vindos em meu território!

 

Greggorius olhou para os dois, com cara de nojo, e saiu do lugar. Na cabeça do lobisim havia a certeza de que a nobre loira estava dormindo com o “cadáver” ou de que isso em breve aconteceria.

Lunvik então saiu sem dizer mais nada. Só queria voltar para Moonwood Mill e avisar a seu povo que agora ele era um Rei oficialmente. Aquele mundo onde seres com poderes e sem poderes se misturavam parecia um erro para ele, que se achava superior a todos os demais.

— Convite para jantar comigo daqui a alguns dias no New Chez Llama, de Ridgeline Drive, em Newcrest. Você usa o colar e ninguém vai lhe reconhecer. Poderemos conversar em um ambiente neutro sobre como resgataremos seu amigo em Moonwood Mill. Aceita? — Straud perguntou rapidamente para ela.

— Aceito. — Ela não pensou duas vezes. Ouviu exatamente o que queria.

— Agora, com sua licença,... — E o vampiro se retirou para falar com os outros, após beijar a mão da jovem nobre.

 

— Como descobriu sobre o Colar do Disfarce? — Eva se aproximou de Kess e perguntou baixinho.

— Leituras que fiz quando visitei o Reino da Magia em Glimmerbrook. — Ela respondeu.

 

— Sim, eu soube que esteve lá. É que eu não me lembro de ter visto isso em um dos livros. — A Rainha Maga disse.

— Não se lembra? Mas, bem, estava em um dos livros. Na verdade, em uma nota dentro de um deles. Mas, sim, posso ajudá-la em algo mais, Rainha Eva? Estou cansada e já vou embora. — Kess a olhou, séria, dando por encerrado o assunto.

 

— Então, minha querida Rainha Kess, eu marcarei um dia para conversarmos sobre uma ideia que tive: envolve uma união matrimonial bem promissora que tenho certeza que vai amar. — Ela sorriu.

— Conversaremos então. Mas agora preciso ir. Eu realmente estou me sentindo bem exausta. E imagino que Vossa Majestade também esteja depois de tudo que passou esta noite. — E Kess pensou, já cansada de ter que lidar com aquela mulher: “Espero que não venha com nova chantagem para o meu lado.”.

 

“União matrimonial promissora? Eva não tem um filho. Sobre quem ela está falando? Se pretende casar Kess com algum sujeito que ela tem nas mãos, eu não vou permitir. Eu serei a única pessoa que controlará a Vanderburg.”, Vlad pensou.

 

Continua...

 

CRÉDITOS:

SIMS:

- Baixados da Galeria e, alguns, modificados.

 

LOTES:

- Disponíveis na Galeria, sob a ID SallyWinter.

OUTROS:

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