Sally Winter e The Sims: OQI – 20

Os sete Regentes

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O Quarto Império

OQI – 20 – Mudanças

Mudanças

Primavera.

Nordhaven.

O Museu de Arte Moderna de Nordhaven tornou-se a nova sede do Conselho dos Regentes. Foi ali que os repórteres das principais emissoras do Império receberam um anúncio histórico: o título de Imperador/Imperatriz não mais existia. A partir daquele momento, cada Reino passaria a ser representado exclusivamente por seu respectivo Regente, a autoridade máxima de seu povo.

Com essa mudança, Kess Vanderburg passou a deter apenas o título de Rainha dos Sims Não Sobrenaturais.

Outra alteração importante foi a transferência de Ravenwood, que deixou de estar sob a regência de Minerva, Rainha dos Conjuradores, para integrar o Reino de Tessa, da Rainha Vanderburg. A própria Minerva solicitou essa mudança, já que preferia dedicar-se exclusivamente ao Reino Mágico e à região de Glimmerbrook.

Além disso, um novo Reino emergiu das brumas: Innisgreen. O Conselho Feérico local escolheu Titânia Veranossonho como Rainha das Fadas. Sob sua regência passaram a estar o povo PlantaSim, anteriormente sob responsabilidade de Minerva e agora representado por Pinha Pinheiro, e também o povo Gnomo, representado pelo Sr. Glen Nhoam.

Pinha Pinheiro e o Sr. Glen Nhoam

Assim, agora havia sete Regentes e sete Reinos:

1- A Rainha Kess Vanderburg, dos Sims Não Sobrenaturais, do Reino de Tessa;

2- O Rei Vladislaus Straud V, do Reino dos Vampiros e dos Esqueletos, de Forgotten Hollow;

3- O Rei Ukupanipo Hekekia (Rei Tritão), do Reino dos Merfolks, de Sulani;

4- A Rainha Maga Minerva Encantus, do Reino dos Conjuradores;

5- O Rei Greggorius Lunvik, do Reino dos LobiSims, de Moonwood Mill;

6- O Rei Cobalt Blu, do Reino dos Alienígenas Sixans, de Sixam;

7- A Rainha Titânia Veranossonho, do Povo Feérico, dos PlantaSims e dos Gnomos.

Titânia, apresentada a todos, estava muito feliz.

Cobalt Blu, que agora tinha um novo corpo alienígena, já que seu antigo tinha sucumbido a uma doença, também apresentava sua nova real forma a todos naquele momento. A Rainha Minerva tinha usado magia, na frente de todos, para comprovar que aquele realmente era ele, e não um substituto, o que respondeu aos questionamentos dos repórteres.

Vlad, por sua vez, estava engolindo a recente derrota ali. Tanto ele quanto Lunvik, na verdade. Pois foram os Reinos dos Vampiros e dos Lobisomens que exigiram o fim do título de Imperatriz à Kess. Eles quiseram se tornar independentes para declarar uma guerra abertamente um contra o outro.

No entanto, o Rei Tritão, Ukupanipo Hekekia, foi o primeiro a apresentar um documento inesperado. Vlad e Lunvik se viram obrigados a assiná-lo diante da imprensa, pegos completamente de surpresa. Tratava-se de um acordo mútuo de paz entre os dois Reinos. Segundo o documento, caso um deles declarasse guerra ao outro, os cinco Reinos restantes, ou seja, os dos Não Sobrenaturais, dos Merfolks, dos Conjuradores, dos Alienígenas Sixans e do Povo Feérico, se uniriam para destituí-los do trono e restaurar a paz.

Em troca da assinatura dos dois, todos os Regentes concordaram em abolir o título de Imperatriz. Ainda assim, os Reinos dos Vampiros e dos LobiSims sabiam que, a partir daquele momento, estariam sendo observados com ainda mais atenção quanto à forma de governar.

Com o documento assinado, todos ficaram satisfeitos e voltaram sua atenção à nova Rainha: Titânia.

Kess então propôs um brinde à Rainha do Povo Feérico, erguendo sua taça de cristal, com o olhar sereno e a postura firme. Sua voz se elevou com elegância e respeito:

— Hoje brindamos não apenas a chegada de uma nova Regente, mas ao florescimento de um Reino que, por muito tempo, viveu entre névoas, canções e segredos. Titânia Veranossonho, Rainha do Povo Feérico, é agora uma entre nós, com raízes profundas e visão elevada. Que sua sabedoria ancestral nos inspire, que sua sensibilidade guie decisões firmes e que a beleza daquilo que é invisível aos olhos jamais seja esquecida em nossas deliberações. — Ela sorriu de leve. — Ao Reino de Innisgreen. À Rainha das Fadas. Que a paz floresça sob sua regência.

Enquanto todos bebiam, Kess apenas os observava.

Minutos antes da reunião começar...

Enquanto os repórteres não entravam no prédio, Kess ficou sentada na frente da lareira, no andar térreo do museu, que tinha sido fechado para aquele evento. Ela resolvia algumas coisas através de mensagens em seu celular. Mantinha-se sempre trabalhando. Foi quando Titânia se aproximou e se sentou ao lado dela:

— Rainha Kess Vanderburg, eu sei o que se passa em sua mente.

— Perdão? — Kess a olhou, surpresa, sem entender.

— Sou uma fada e entendo muito de emoções e magia.

A Vanderburg ficou alguns segundos sem saber exatamente o que responder, até que perguntou:

— Posso ajudá-la em algo, Rainha Veranossonho?

— A pergunta deveria ser como eu posso ajudá-la, não? — Titânia sorriu. E então complementou: — Tenho um presente para você.

Ela então se levantou para entregá-lo à Kess.

— Um... presente para mim? — Kess olhou, surpresa.

— Se aceitá-lo, conseguirá as respostas que busca.

E ao ouvir aquilo, a Vanderburg imediatamente o aceitou, abrindo-o.

— Coloque na bebida com a qual brindaremos esta noite — Titânia disse. — Depois, obterá apenas respostas verdadeiras às perguntas que lhe afligem.

— Rainha Titânia, obrigada.

Tempo atual...

Os sete regentes se juntaram para tirar uma foto oficial.

Em seguida, todos foram entrevistados individualmente.

Todos queriam saber como Kess se sentia por não ser mais a Imperatriz, mas a Rainha dos Sims Não-Sobrenaturais. E ela respondeu:

— O título de Imperatriz teve sua função em um contexto específico. Agora, com a independência entre os Reinos estabelecida, dedicar-me exclusivamente ao Reino de Tessa é não apenas estratégico, mas necessário. Avançamos quando cada líder ocupa o lugar certo.

Mais perguntas vieram e Kess respondeu cada uma com confiança, elegância e tranquilidade. Em seguida, foi a vez da nova regente do Reino das Fadas.

Titânia, mãe e esposa, mas um espírito livre que desejava ficar longe da vida doméstica, estava amando sua nova posição e toda atenção que vinha com ela.

E depois que Lunvik foi entrevistado, Kess o chamou para uma conversa particular.

— Rei Lunvik, serei direta. Você ou alguém que conhece está por trás da morte de Don Larsen e de Vince Donadio e da tentativa que fizeram para me eliminar?

— Como pode pensar algo assim, Rainha Vanderburg? Vince era meu sobrinho! Eu jamais deixaria que alguém fizesse qualquer mal a ele! Meus Lobisims estão atrás de descobrir quem o matou também! Sua pergunta é um absurdo!

— Então, apenas responda — ela perguntou novamente: — Você ou alguém que conhece está por trás da morte de Don Larsen e de Vince Donadio e da tentativa que fizeram para me eliminar?

— Não. Não mandei que matassem meu próprio sobrinho ou aquele sujeito aliado dos vampiros! E jamais deixaria que lhe fizessem mal, afinal, embora me enoje sua simpatia pelos vampiros, sei que é uma mulher justa.

— Nem todos os vampiros são maus, Lunvik.

— Feliz com minha resposta? Tenho mais o que fazer do que conversar sobre isso. Mas lhe aviso: quem matou meu sobrinho pagará por isso.

E Kess estava satisfeita, sim, com a resposta, afinal, a magia de Titânia garantia que ele falava apenas a verdade.

Assim, mais tarde, foi a vez de ela conversar com Straud, atrás do prédio do museu, em um banquinho ao ar livre.

— Vlad, você ou alguém que conhece está por trás da morte de Don Larsen e de Vince Donadio e da tentativa que fizeram para me eliminar?

— Uuuuh! Direta como sempre. — Ele riu. — Então é você quem está por trás da magia da Verdade na champagne? Ora, Kess, sou um vampiro muito antigo. Achou que eu não perceberia? Senti o cheiro do encantamento de longe.

— Ainda assim bebeu?

— Por curiosidade. Não sabia que estava tão desesperada a ponto de jogar tão baixo.

— Baixo? Poupe-me do sermão, Vlad. Eu vou fazer tudo para encontrar os assassinos deles.

— Até vender sua alma? — ele perguntou.

E ela ficou calada por alguns instantes antes de responder secamente:

— Não.

— É o que vai acabar acontecendo se continuar esse caminho de artimanhas contra seus aliados.

— Você ainda não me respondeu: você ou alguém que conhece está por trás da morte de Don Larsen e de Vince Donadio e da tentativa que fizeram para me eliminar?

— Kess, nem esta pessoa que vos fala nem outra pessoa que conheço, sobrenatural ou não, está por trás da morte de Don Larsen e de Vince Donadio e da tentativa que fizeram para lhe eliminar. Larsen era um aliado dos vampiros. E eu tenho interesse em descobrir quem o eliminou. Mas quer um conselho de um amigo? Fique longe disso. Quem acabou com eles está atrás de você também. Então, tome cuidado. Eu estava apostando todas as minhas fichas nos LobiSims, mas se você veio conversar comigo, tranquilamente, e me perguntar se sou o mentor por trás de um dos assassinatos, é porque já falou com Lunvik e ele não está por trás disso, o que significa que temos um novo inimigo.

— Olha, quanta perspicácia.

— Kess, fique longe disso.

— É pessoal demais para eu fazer isso, Vlad. Mas não se preocupe. Eu sei me cuidar.

Os dois se despediram e Kess retornou a seu carro, com seus seguranças, que seguiriam seu veículo. No fundo, ela se sentia mais leve por ter agora a certeza de que nem Vlad nem Lunvik tinham matado aqueles com quem ela se importava. Mas uma pergunta não saía de sua mente: quem teria feito isso?

Naquela mesma noite, em Innisgreen

Vizinhança Everdew.

Na Residencial Crannamor, uma casa na árvore.

“Descobriu detalhes sórdidos sobre os Gnomos do Mal... Parece que depois das Guerras dos Gnomos, foi a Mãe Natureza que disse para as Fadas removerem a vivacidade dos Gnomos para garantir a paz, sendo necessário encantá-los para dar uma vida temporária a eles. Os Gnomos do mal fugiram antes desta determinação e formaram o Alto Conselho dos Gnomos. A época que eles mais gostam é o Festival da Colheira...”

“O Grande Gnomo foi construído como símbolo de esperança entre Sims e Gnomos várias décadas após o fim das Guerras dos Gnomos, um dos eventos mais significativos na Costa de Adhmor, que moldou a paisagem como a vemos hoje. As Guerras dos Gnomos são o principal motivo pelo qual os Gnomos só podem ser trazidos à vida temporariamente, além da existência do Conselho Feérico e por que ele advoga pelo uso limitado das habilidades Feéricas nesta área.”

O nome daquele gnomo era Gnarag Grimmworm. E havia alguns meses que ele tinha se mudado para aquela casa, após ter ganhado vida de forma não-temporária, depois que recebeu mais pó de fada do que deveria. E quem estava na frente dele, sentado, era ninguém menos do que o famoso Nickollas Refaeli, um ator super renomado, irmão da arquiteta Isabella Refaeli e cunhado do famoso cantor de metal Axl Logan Dwayne.

— Como cheguei aqui? — o ator perguntou.

— Usei magia antiga para ligar você a este boneco — disse a criatura, com uma voz tenebrosa, assustadora. — E ordenei que viesse até mim.

— Quem e o que é você? — Nickollas o olhava, curioso, mas não assustado. Efeito da magia sobre ele.

— Sou um Gnomo do Mal. Não é óbvio?

— E o que você quer?

— Quero que conte minha história em um filme e que me interprete!

— Como é que é???

— Sei o quão famoso você é. E eu quero que faça um filme sobre mim: o mais terrível e poderoso Gnomo do Mal destas terras. Eu matei muitos. E matarei mais. Contarei minha história para você, que escreverá o roteiro do jeito que quero, assim, inspirarei muitas fadas a trazerem de volta mais Gnomos como eu! — Ele riu de uma maneira assustadora, mostrando seus dentes amarelados.

No entanto, no auge de sua satisfação, os poderes da criatura causaram uma súbita queda de energia na casa. A oscilação foi tão rápida que o gnomo sequer percebeu. Como consequência, um de seus prisioneiros, mantido adormecido em uma cápsula de sono, acabou despertando.

Ele acordou confuso e irritado, sem saber exatamente onde estava. Mas sentia um pouco de dor na parte de trás da cabeça, e tinha certeza de que tinha sido sequestrado.

Encontrou roupas em um dos móveis e se vestiu. Em seguida, abriu a porta, que para sua surpresa não estava trancada, e tentando fazer o mínimo de barulho, começou a deixar aquele lugar desconhecido.