Imperium - 7 - O Intruso

 

IMPERium 

Capítulo 7 – O Intruso

 

Resumo do Capítulo Passado:

Em Forgotten Hollow, após um jantar formal na Mansão Hotel do Rei Vampiro Straud, Kess consegue passar a mensagem que deseja ao Rei Tritão; mensagem essa que ela tinha preparado anteriormente em Tartosa, pois já imaginava que o Rei do povo Merfolk poderia estar lá.

 

Quarto Império. Forgotten Hollow.

Na Mansão Hotel Straud.

 

[Música de cena: Vampire Music – Transylvania]

 

Ao mesmo tempo em que Kess falava sobre a ideia de uma campanha para conscientizar os Sims sobre a importância de não poluir a natureza, ela mostrava algo para o Rei Tritão ler, em seu tablet. Algo que ela tinha preparado mais cedo, em Tartosa. A mensagem dizia:

“Rei Tritão, lhe peço gentilmente, não conte sobre isso a ninguém. Eu preciso que me faça um grande favor: que encontre e me entregue o ‘Colar dos Disfarces’, que foi perdido em um naufrágio há alguns séculos, em seu território. Absolutamente ninguém pode saber disso. E sobre minha proposta da campanha, ela acontecerá mesmo que me negue este pedido, portanto, essa ideia não é nenhuma espécie de suborno. E caso decida me ajudar com o colar, diga que posso contar com seu apoio.”.

Quando ela viu que ele terminou de ler, ela deletou a mensagem, enquanto ele a olhava fixamente, pensativo, como se a estivesse estudando.

 

 

— E então, Rei Tritão? O que me diz?

Ele balançou a cabeça em sinal negativo para a questão do colar; e então disse:

— Gostei da ideia da campanha, Rainha Kess. Quando iremos colocá-la em prática?

A Vanderburg mordeu os lábios rapidamente e então sorriu, escondendo a decepção e recompondo-se:

 

— Vou falar com meus assistentes e faremos isso o mais breve possível. — Ela estava preparada para uma negativa, mas agora pensava que precisava descobrir outra forma de conseguir o item. — Bem, muito obrigada por sua atenção, Rei Tritão. Com sua licença, me retirarei para encontrar a Rainha Marguerite Rose.

— Fique à vontade. — Ele disse, cortês.

 

E ela então foi saindo, sob o olhar atento de Ukupanipo Hekekia. E apesar de um pouco decepcionada, ela entendia o Rei Tritão. O fato era que ele não a conhecia. Talvez ele estivesse preocupado com o tipo de uso que ela poderia fazer com o colar mágico: ajudaria ou prejudicaria pessoas? “Ele está certo. Ele não sabe quem realmente sou.”, ela pensou.

 

Por outro lado, “Heke”, como ele gostava de ser chamado, a olhava sair e pensava: “Será que ela vai mesmo fazer essa campanha mesmo eu tendo negado ajuda com o colar que eu já tenho e que é parte do meu tesouro? Realmente não quero nem vou me meter nos problemas dessa gente sem poderes; no geral, eles não são confiáveis. E principalmente porque, por eles serem a maioria nesta nação, eles acham que podem fazer o que querem, como poluir meu território. Ela que se vire com os Sims Civis que ela rege. O colar é meu e continuará aqui na minha Mochila Inventário, junto com todas as minhas outras preciosidades.”.

 

Mas Kess saiu do aposento com um sorriso no rosto. Ela não tinha esquecido que Vlad Straud V certamente a observava do local isolado onde ele se encontrava. E então a Vanderburg seguiu para o jardim externo, que já lhe tinha sido mostrado antes pelo próprio vampiro; a Rainha do povo PlantaSim estava lá, segundo Laura Goth.

 

Kess passou pela entrada principal, onde havia uma estátua representando a antiga aparência de Straud, chamada por todos de “Straud IV”. Era uma obra bem imponente, feita para mostrar a importância do vampiro. E ainda havia uma ainda maior na praça principal de Forgotten Hollow.

 

A mansão tinha passado por uma reforma e se tornou um hotel algum tempo atrás. Todos sabiam que muita gente se hospedava ali apenas para tentar ser uma fonte de plasma para o vampiro e para, quem sabe, cair nas graças dele. Havia muitos Sims que gostariam de encontrar o “amor eterno” ao lado de uma criatura da noite tão poderosa.

 

E Kess preferia não julgar esses Sims. Ela pensava que cada um sabia o que queria para sua vida.

 

Ela então passou pela cozinha da mansão e seguiu para o jardim externo, que tinha uma vista para... o cemitério; bem, também não poderia ser diferente, afinal, lápides rodeavam todo o terreno da residência de Straud.

Kess encontrou Marguerite Rose conversando com uma planta, na linguagem Vegetal, a língua das plantas (que a Vanderburg não falava).

— Rainha Marguerite e plantinhas aqui presentes, boa noite. — Kess disse, sendo também cordial com os “súditos” de Rose.

E isso imediatamente chamou a atenção da PlantaSim, que ao se virar para ver quem havia falado com “todos” ali, reconheceu, imediatamente, a jovem de Hidden Springs:

 

— Oh, Rainha Kess Vanderburg! Que prazer conhecê-la.

— O prazer é meu, Rainha Marguerite Rose.

— Estou surpresa que tenha cumprimentado todos presentes neste recinto. — Ela se referia às plantinhas. — Geralmente as pessoas ignoram meus súditos.

— Bem, a verdade é que eu geralmente não faço isso em outros lugares.

— Hmmm... Sincera. — Marguerite sorriu. — Mas então,... Entediada com as interações nos salões?

 

— Não. Na verdade, eu queria apenas conversar um pouco com todos os regentes e descobrir mais sobre como podemos trabalhar juntos para melhorar as coisas por aqui. Por isso vim procurá-la.

— Hmmm... Você deseja reverter o que seus súditos pensam sobre você nesta nação. — Ela afirmou, direta.

Kess desviou o olhar, ficando alguns segundos em silêncio, meio desconcertada; então disse, sempre com sua voz suave e em um tom polido:

 

— Seria errado buscar ser aceita, Rainha Marguerite? Ninguém deseja ser odiado pelas outras pessoas. E eu realmente quero o melhor para este Império.

A regente das PlantaSims pôde sentir a sinceridade de Kess e também uma certa tristeza que a garota carregava no coração; Marguerite então se aproximou da Vanderburg e disse, tentando lhe passar alguma força:

 

— Não. Não seria errado, Rainha Kess. Mas não falaremos sobre isso aqui. Teremos oportunidade para conversar em muitos outros momentos. Agora, que tal seguirmos para o salão principal? E peço que me desculpe por tê-la deixado assim.

 

Mas, ao ouvir aquelas palavras de Marguerite, foi como se Kess tivesse ligado um interruptor na alma que, imediatamente, a fez sorrir novamente, em uma tentativa de esconder sua dor interna:

— Imagina, Rainha Marguerite. Não precisa me pedir desculpas por nada. Está tudo bem. Mas acho essa ideia, de nos juntarmos aos outros, excelente. Vamos aproveitar esta noite e nos divertir. Todos nós. — E aquele comportamento da jovem Rainha não era o de alguém falso, mas o de alguém que carregava um problema muito grande: a dificuldade em se abrir com as outras pessoas e o repúdio à ideia de que os outros a achassem vulnerável. Kess já tinha sido tão magoada e traída por Sims que tinha considerado como amigos que, após um tempo, fechou-se em si mesma. Sua única amiga era Akemi, que se encontrava estrategicamente em outra cidade naquela noite.

 

Então a Vanderburg e Rose se despediram das plantas do recinto e retornaram ao local onde estavam os convidados e o anfitrião.

 

Praticamente fim de festa.

  

[Música de cena: 1993 Pavarotti Verdi La Traviata - Brindisi]

 

 

Straud Já tinha chamado Kess, Blu, Marguerite e Hekekia para ficarem um pouco mais em sua mansão após todos os convidados irem embora, o que aconteceu às 3h da manhã. Então o vampiro os levou até a sala de entretenimento de sua residência, onde ligaram o som (que estava em uma parede) e começaram a se divertir, mais à vontade por estarem apenas eles ali; apesar de que, antes, também não tinham tanto com o que se preocupar, pois celulares e equipamentos de gravação nunca eram permitidos nos eventos em que aqueles nobres compareciam.

Blu acompanhava a música no piano; Marguerite e Hekekia jogavam juntos; e Vlad convidou Kess para dançar.

 

— Seu primeiro evento oficial nesta nação, Rainha Kess. — Straud disse. — Espero que tenha sido de seu agrado.

— A única coisa que não estava bem de meu agrado foi vê-lo nos observando de seu cantinho do castigo, solitário, Rei Straud. — Ela disse, bem de boa, e ele riu. — As regras da boa etiqueta não dizem que o anfitrião deve se unir aos seus convidados? — Ela perguntou, sorrindo.

— Oh, sim. As regras dizem isso. Mas são as manias de um senhor de séculos de idade, minha jovem. E espero que minha “ausência” não tenha arruinado sua noite.

— Digamos que a experiência de dançar com um vampiro tenha ofuscado um pouco essa situação inusual.

— Primeira vez dançando com um morto-vivo? — Ele sorriu. — Estou até me sentindo honrado por lhe oferecer essa chance tão única. Mas tenho certeza de que eu lhe poderia ser útil também com meus conselhos.

— Eu não teria que assinar nenhum contrato, teria? — Ela brincou.

 

— Talvez vender sua alma. O que me diz? O quanto ela valeria?  — Ele a olhou como se estivesse falando sério.

— Essa é uma boa pergunta. E apesar de ela não estar à venda, qual seria sua proposta? Só por curiosidade. Quero saber se teria a procacidade de me colocar um preço. — Kess sorriu.

— Jamais. Tamanho seria o valor que, se eu o dissesse, poderia lhe acender a chama da ambição; e não queremos isso.

Os dois sorriram. E depois de mais alguns passos, ele falou:

— Os dois concorrentes à coroa de Imperador dançando juntos. Quem diria... Em outros tempos, mais bárbaros, não haveria um oponente, pois não sobraria nada dele para contar a história. — Straud sorriu. — E isso não é uma tentativa de intimidação. Juro!

— Então que bom que os tempos mudaram! — Ela disse, segura e de bom-humor. Não se sentia ameaçada por ele. — Mas certamente a Coroa será sua, já que todos me odeiam por aqui. Sou apenas a “estrangeira que caiu de paraquedas”.

— Oh, não. Vamos os dois lutar pela Coroa, Rainha Kess, ou essa competição não terá graça alguma. Se Vossa Majestade lavar as mãos, será muito fácil para mim. E vejo que possui muitas qualidades que poderá usar a seu favor. Em todos esses séculos, já vi muitas mulheres belas e poderosas agindo ferozmente para alcançar seus próprios interesses. E Vossa Majestade tem tudo nas mãos para que essa luta seja interessante.

— Eu só quero que as pessoas não me odeiem. Eu me preocupo com os interesses desta nação. — Ela disse, mais séria. — Eu não me importo realmente com quem se tornará o Líder Nacional. Seria melhor que fosse você, Rei Straud. Eu realmente caí aqui de paraquedas.

Ele riu; então disse, baixinho:

— “Estamos sempre onde devemos estar”, Rainha Kess. Não é assim que o Grande Prisma* ensina?

— Mas olha! Logo você um religioso, Rei Straud? — Ela sorriu. — Cheio de surpresas.

— Não é questão de religião. É questão de ver a verdade dessa afirmação. — Ele falou.

 

* Nota: O “Grande Prisma” é uma criação minha. Seria o Deus dos Sims.

 

— Oh, ok, ok. Mas não vamos mais falar sobre a Coroa esta noite. Vamos ser apenas dois Sims normais, dançando sem compromissos, e vamos nos chamar apenas por nossos primeiros nomes. Nada de “Vossa Majestade”, “Rei” ou “Rainha”. O que acha, Vlad? — Ela disse, pegando-o de surpresa ao deitar a cabeça por alguns segundos no ombro dele.

— Eu... ahmm... Ok,... Kess.

“Eu não acredito que ela conseguiu me deixar desconcertado!”, ele pensou, meio atônito.

 

Então ela levantou a cabeça e o olhou, firme, ao mesmo tempo em que colocava os braços sobre os ombros dele:

— Eu não sou sua inimiga, Vlad. É a única coisa que quero deixar claro. E só lhe peço que não jogue comigo. — Ela disse, olhando-o.

“Minhas maiores adversárias sabiam usar a beleza em suas interações sociais. Esses olhos azuis... Mas, não, ela não vai me manipular.”, ele a olhava, pensativo.

Mas logo tudo foi interrompido por uma cena totalmente inesperada: uma criatura enorme entrou no aposento, rosnando ferozmente, e jogou Eva Miller no chão, que estava de pijama, machucada.

E então a criatura vociferou:

— Esqueceu de chamar o Rei Greggorius Lunvik e a Rainha Eva Miller para sua “festa”, vampiro imundo? 

 

Continua...

 

CRÉDITOS:

SIMS:

- Baixados da Galeria e, alguns, modificados.

 

LOTES:

- Disponíveis na Galeria, sob a ID SallyWinter.

OUTROS:

- Melhor gráfico para o jogo: by Simp4Sims.

ATENÇÃO: lembre-se de sempre atualizar seus mods quando houver atualização no jogo.

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Obrigada a todos criadores e a você, leitor!

Thank you to all creators and readers!