TUTORIAL
Como Criar
uma História Feita no The Sims e Colocá-la no Blogger
Dica: para uma melhor visualização (zoom), segure Ctrl e aperte o sinal de + no seu teclado (aperte - para diminuir).
PARTE 1 – A História1
1 Nota: o texto abaixo é o
excelente texto encontrado aqui na WikiHow. Nele,
adicionei ideias e retirei/modifiquei outros pontos baseando-me em minha
própria experiência como autora.
Olá! Então você deseja criar sua
própria história no The Sims (usando imagens do jogo) e colocá-la em um blog
todinho seu? Então primeiro você precisa saber que história deseja contar! E a
criação de sua história é o passo mais importante desse processo. Assim, vamos
começar falando sobre esse tópico! Como criar uma história? Onde inspirar-se?
Como iniciá-la? Como apresentar os personagens? O que se deve evitar? Essa e
muitas outras perguntas são respondidas abaixo! Portanto, leia e absorva o
máximo de informações que puder! Depois, mãos à obra! Coloque sua capacidade
criativa em prática! :)
Inspire-se
Desenvolva sua História
Inspire-se
Inspire-se ao prestar atenção no
mundo. Aqui estão alguns ótimos jeitos para você reunir os detalhes que
podem levá-lo a contar uma boa história:
Assista às
notícias locais:
Elas podem lhe inspirar ao
contar casos que despertem em você boas ideias! Por exemplo: talvez um ator tenha
falado sobre sua infância em um talk show, com algumas frases curtas, e você
repentinamente se sentiu fascinado sobre como foi a vida dele. E isso já pode
lhe inspirar de forma que você crie uma história única e incrível!
Note
características interessantes de personalidade:
Talvez você tenha notado que os
vizinhos conversam com suas plantas ou que eles levam o gato para passear a
cada manhã. Tente pensar sobre a vida oculta de alguma dessas pessoas e veja se
uma história se desenvolve.
Preste atenção em
seu ambiente:
Talvez você veja um buquê de
rosas caído na sarjeta, ou um par novo de tênis em um banco da praça ou até
bagunça na sua cozinha. Como esses itens chegaram nesses lugares?
Preste atenção no
que as pessoas lhe dizem e nas histórias que lhe contam:
Até mesmo uma única frase
interessante pode inspirá-lo a escrever uma história inteira. Talvez alguém lhe
diga: “Laura Caixão foi levada por ets em um dos The Sims”, ou “meu Sim coleciona
rãs e elas são seus pets”. Isso é o bastante para começar uma história? Claro! Mas também preste atenção quando um de seus amigos disser:
“você não vai acreditar no que aconteceu comigo na semana passada!...”. Você
pode ter o começo de uma história em mãos. Se sua mãe ou avó sempre estiverem
contando-lhe histórias sobre a infância, comece a escrevê-las. Tente imaginar
como era crescer em um tempo ou lugar diferente e comece a escrever as
possibilidades. Não se desanime caso não saiba tudo sobre tal período de tempo;
você sempre pode pesquisar. Apenas esteja avisado: se você ganhar a reputação
de escritor que “rouba” as histórias que as pessoas lhes contam, usando-as para
ficção, muitos hesitarão quando quiserem lhe falar algo. E lembre-se de NUNCA
copiar as histórias de outros escritores: pode ser que você não saiba,
mas copiar algum texto completa ou parcialmente, sem dar os devidos créditos, é crime com pena prevista em lei.
Inspire-se pelo
cenário “E se...”:
Este é outro grande meio de se
começar uma história. Ao prestar atenção no mundo, você deverá observar, além
das realidades, as possibilidades dele. Ao ficar atento a uma história ou
imagem, pergunte-se: “mas o que teria acontecido se isso/aquilo ocorresse?”, ou
“o que essa pessoa faria se...”. Seguindo essa linha de pensamento, você poderá
explorar os mistérios que lhe atormentam. O cenário “E se...?” pode ser prático ou completamente fantástico. Você pode
se perguntar: “e se meu Sim descobrisse que vive em um mundo de jogo?”, ou “e
se meu Sim quer ser famoso, mas não sabe como?”.
Inspire-se pelas
suas experiências:
Apesar de histórias curtas
pertencerem à categoria de escrita de ficção, muitos trabalhos fictícios são
altamente autobiográficos. Caso esteja escrevendo um trabalho sobre algo que
tenha acontecido a você ou a alguém conhecido, isso seria considerado
não-ficção; porém, inspirar-se por experiências próprias e levá-las para um
nível novo e ficcional é um ótimo plano para escrever uma história, especialmente
em momentos em que o escritor “não tenha assunto”.
Escrever sobre o
que sabe; ou não:
Recomenda-se que você deva
escrever sobre o que você conhece. Isso significa que você deveria começar em
território familiar, passando, posteriormente (e se desejar) a explorar algo
que lhe deixou curioso ou que lhe pareça estranho nesse mesmo tema. Pois se
você se confortar demais escrevendo apenas sobre coisas que conhece, acabará
não dando espaço para a criatividade. Por exemplo, talvez você tenha tido um amigo
de infância que foi embora sem avisar, ou talvez ande pensando sobre o que
aconteceu com aquele seu professor preferido. Você pode escrever contando o que
lhes aconteceu (de acordo com sua imaginação). Explore esse mundo e ponha-o no
papel.
Inspire-se por um
ambiente:
Uma história pode vir de um
forte sentimento acerca de um lugar. Você não precisa se inspirar por uma praia
paradisíaca ou por suas férias incríveis em Veneza. Em vez disso, inspire-se do
normal. Pense em como era passar o verão no pomar de sua avó quando você era
criança; lembre-se de como era brincar com seu amigo no quintal de casa na
época da escola; ou de como era bom quando sua mãe lia histórias para você
antes que dormisse. Escrever sobre um lugar pode levá-lo a desenvolver
personagens e conflitos interessantes.
Inspire-se através
de um exercício de escrita:
Exercícios de escrita vêm
ajudando muitos escritores a desenvolverem a criatividade, a encontrarem
inspiração em lugares improváveis, e a se forçarem a escrever mesmo com “falta
de ideias”. Aqui estão alguns ótimos exercícios para você começar:
· Comece
uma história com a seguinte frase: “jamais contei isso a alguém antes”;
· Observe
a imagem de uma fazenda. Em seguida, descreva-a do ponto de vista de alguém que
amava o lugar, mas que precisou vendê-lo. Depois, faça isso novamente do ponto
de vista de uma mulher que comprou essa fazenda, mas que ainda não sabe como
cuidar do lugar. Veja como os pensamentos dos personagens podem influenciar a
maneira deles de ver o mundo;
· Escolha
uma pessoa de sua vida que seja absolutamente odiosa. Agora, tente escrever uma
história do ponto de vista dela. Tente fazer o leitor simpatizar com essa
pessoa o máximo possível;
· Permita
que um personagem lhe surpreenda: escreva sobre um personagem que você
aparentemente conhece bem, e permita que essa pessoa faça algo completamente
inesperado. Veja o que acontece em seguida;
· A
discussão: faça dois personagens discutirem sobre algo completamente mundano,
como quem levará o lixo para fora, ou quem pagará o cinema. Esclareça que essa
discussão é realmente sobre algo maior e mais sério, como quem irá terminar o
relacionamento, ou quem está dando muito e recebendo pouco. Tente permitir que
o diálogo faça todo o trabalho;
· Linguagem
corporal: escreva 500 palavras que descrevam dois personagens que estejam
sentados próximos um do outro. Sem usar diálogo, permita que o leitor veja
exatamente como cada personagem se sente em relação ao outro.
Se quiser dominar a arte de
contar histórias, você deve ler a maior quantidade de trabalhos artísticos que
puder. Aqui em meu Blog, em “Recomendo”, na barra lateral, você pode ler várias
histórias, com diferentes temas e estilos de escrita. Leia e comente em cada
uma delas! Leia para enriquecer seu vocabulário e para que você aprenda a
reconhecer os estilos; e comente para exercitar sua escrita. Até porque, quando
você se tornar um autor, você entenderá a importância dos comentários dos
leitores e desejará receber esse feedback.
Desenvolva
sua História
Desenvolva um Foco
Narrativo:
A maioria das histórias é
escrita em primeira, segunda ou terceira pessoa. Se você estiver começando, é
melhor se acostumar a um único ponto de vista. Aqui estão os três tipos de Foco
e como eles são usados:
·
A Primeira Pessoa: a primeira pessoa é contada
diretamente da perspectiva de um personagem que usa o “Eu” para se referir a si
mesmo. Exemplo de escrita em primeira pessoa: “Eu jamais contei isso para
alguém antes”;
·
A Segunda Pessoa: a segunda pessoa aborda o
leitor diretamente com o “você”. Como em: “você caminhou em direção ao
escritório”. Essa pode ser uma grande técnica para conquistar o leitor, mas
também é meio exagerada; definitivamente não é a minha preferida;
·
A Terceira Pessoa: a terceira pessoa é quando
você escreve sobre um personagem usando “ele” ou “ela” a partir de uma
perspectiva externa, como: “ele estava cansado”. Na terceira pessoa, o autor
pode se aproximar dos pensamentos de um personagem ou se distanciar dele. Ex.:
“ele só queria demonstrar o quanto estava apaixonado por sua esposa. Assim,
começou a ler um poema para sua amada, sentindo-se feliz ao perceber que ela
estava encantada com suas palavras.”.
Toda história deve ter um enredo
que conquiste o leitor, levando-lhe a perguntar o que acontecerá em seguida. Isso
pode acontecer, por exemplo, com uma perseguição em alta velocidade, um
assassinato, OU seus leitores podem querer saber o que acontece em seguida
mesmo que a única coisa acontecendo seja duas pessoas conversando em uma
lanchonete. Apesar de cada história ser diferente, aqui estão alguns elementos
básicos de um texto ficcional:
· A Ação/Exposição Crescente: isso tipicamente surge no
início de uma história, quando os leitores são apresentados aos personagens
principais, ao ambiente e ao conflito central. Porém, algumas histórias começam
direto no meio da ação e fazem os leitores recuarem no tempo para descobrir o
que está acontecendo.
MAS
ATENÇÃO: aqui é
preciso ter muito cuidado na apresentação dos personagens: apresentar vários
deles ao mesmo tempo, apenas fornecendo nome e o que fazem, não vai prender o
leitor; e é capaz desse leitor nem se lembrar mais de cada um no final da
história (e o pior: nem lê-la mais).
Monte cenas específicas onde
seus personagens serão apresentados devagar. Comece aos poucos. Exemplo: na
primeira cena, Paulo (1) e Renato (2) discutem no apartamento do primeiro,
enquanto Pedro (3) dá risada. Na segunda cena, vemos Paulo (1) no bar onde
trabalha, reclamando com seu chefe Antônio (4) sobre a briga com Renato (2). Em
uma terceira cena, vemos Pedro (3), em uma praça pública, contando sobre a
discussão para sua namorada Marisa (5). Na quarta cena, Marisa (5) decidiu
conversar com Paulo (1), na casa dela, e eles acabaram se beijando, o que
gerará um atrito futuro entre Paulo (1) e Pedro (3). Cinco personagens
apresentados utilizando cenas diferentes e lugares distintos (apartamento de
Paulo; bar onde Paulo trabalha; pracinha; casa de Marisa). Dessa forma, você
consegue focar melhor em cada um e familiarizá-los com o leitor.
Um péssimo jeito de fazer isso é
simplesmente escrever: 1, 2, 3, 4 e 5 são os personagens desta história. 1 faz
isso, 2 faz aquilo, etc. 1 é assim, 2 é assado, 3 é desse jeito, etc. Dessa
forma, a graça se perde e o interesse do leitor (geralmente) diminui.
· O Conflito: as coisas em jogo. Deve
haver algo em jogo em cada história, ou o leitor não desejará continuar a ler,
independentemente da beleza da linguagem apresentada. Toda história precisa de
um conflito ou de um ponto de tensão; pode ser tão dramática quanto dois homens
brigando pela mesma mulher, ou uma menina imaginando se a amiga dela irá
convidá-la para uma festa. A natureza do conflito não é importante; o que é
importa é que seus leitores se interessem pelo que acontece.
· A Ação Decrescente: a conclusão da história. Após
o conflito ter sido resolvido ou discutido, a história terá de se fechar. A
maioria das histórias curtas não possui finais felizes ou finais fechados.
Muitas histórias terminam com uma palavra ou imagem que faz o leitor pensar. Ou
a história pode amarrar todas as pontas soltas, resolvendo todo ou parte do
mistério por trás dela. E caso seja uma história longa, cuja conclusão não é
uma, mas várias, por haver vários conflitos, tente sempre finalizar todos os conflitos
aos poucos, durante os capítulos, mas deixe o principal para ser resolvido no
final. E, se sua história continuar (se houver mais capítulos a serem apresentados),
feche cada capítulo de maneira que o leitor deseje ver a continuação da
história, como uma novela. IMPORTANTE:
você não precisa saber o final da história quando começar. Na verdade, saber de
pouca coisa da história antes de começar fará você explorar mais possibilidades
criativas, dando força ao seu trabalho.
Desenvolva seus
personagens:
Sua história precisa ter um
personagem (ou um grupo deles) que faça seu leitor se importar e até torcer,
mesmo que tal personagem não seja um cidadão de bem ou uma pessoa de boa
índole. Você pode caracterizar seus personagens de inúmeras maneiras e todas
elas são válidas. Aqui estão alguns jeitos de fazer seus leitores sentirem
fortemente os personagens:
· Descreva o que eles dizem: a perfeita linha de
diálogo pode exibir um pouco das intenções do personagem; e o diálogo precisa
combinar com aquilo que o personagem está pensando e com a personalidade do
mesmo. Ele fala muitas gírias? Ou ele fala muito certinho? Desenvolva o jeito
que eles falam;
· Descreva o que eles fazem: o personagem acorda sempre às
seis da manhã sem um alarme, ou ele passa horas apertando o botão “soneca”
antes de acordar? Toda ação pode ajudar a construir o personagem, por mais
insignificante que ela pareça de início;
· Cuide da aparência deles: o personagem se veste
formalmente para ir ao supermercado? Ou sorri maniacamente durante um momento
de tristeza profunda? A aparência física do personagem pode revelar detalhes de
seu estado mental; e, quando dentro de seu jogo (TS1, TS2, TS3 ou TS4), se seu
personagem tem um estilo, tipo “cowboy”, vista-o dessa maneira. A maneira como
ele se arruma vai falar muito sobre a personalidade dele;
· Descreva como eles interagem com
os outros: seu
personagem é irremediavelmente tímido? Ou tão mandão que todos ao redor dele sentem
medo de falar com ele? Ele é legal com garçons pelo fato de a mãe dele ser uma
garçonete? Ou ele age feito idiota com os garçons por uma garçonete ter lhe
partido o coração (ou só por vontade mesmo)? Ele é muito preocupado com a
aparência e por isso exige o mesmo dos amigos que estão perto dele? Ou ele não
se preocupa com seu visual e é mal visto pela turma de colegas esnobes que ele
tem na escola? Ver um personagem interagindo com o mundo pode revelar muito de
sua personalidade.
Desenvolva os diálogos:
Os diálogos marcam as palavras
que os personagens dizem e são precedidos por um travessão (—; no Windows 10,
use Alt + 0151 para criar um
travessão). O travessão aparece ANTES da fala e, caso haja ação do personagem
depois, ele aparece separando fala de ação. Já o pensamento de um personagem, em
geral, abre um parágrafo iniciado com aspas (e pode vir em itálico).
Veja os exemplos abaixo, crie seus próprios
diálogos com base neles e se lembre de que é importante que o modelo seja
seguido, visto que muitos escritores pecam ao não respeitar, por exemplo, o espaço:
Exemplo 1 (conversa):
— A questão é que eu não estou
feliz com isso! — Cassandra reclamou.
— Querida, todo adolescente tem
horário para chegar em casa. — Laura disse para a filha, tentando não perder a
paciência.
Modelo: travessão / espaço / fala / pontuação / espaço / travessão / espaço / ação.
Exemplo 2:
— Mas eu
sou quase uma jovem adulta, mamãe! — Cassandra disse, irritada. — É um absurdo
meu horário ser tão restrito!
Modelo: travessão / espaço / fala / pontuação / espaço / travessão / espaço / ação / espaço / travessão / espaço
/ fala / pontuação /.
Exemplo 3 (pensamento):
"Ai,
lidar com adolescente é tão complicado!", pensou Laura.
Ou com
itálico:
"Ai, lidar com adolescente é tão complicado!",
pensou Laura.
Modelo: aspas / pensamento / pontuação
/ aspas / vírgula / espaço /
pensou fulano.
Diálogos podem revelar muito
sobre os personagens a partir do que eles dizem e escolhem não dizer. Você precisa
criar diálogos que duas pessoas normais poderiam ter, sem parecer algo forçado
ou estranho. Leia seu diálogo em voz alta para saber se ele parece algo que as
pessoas diriam. O diálogo entre os personagens também pode fazer o leitor
compreender melhor a dinâmica entre eles. E preste atenção ao que não é dito
também. Por exemplo: suponhamos que um garoto, jogador de futebol, esteja
triste por seu pai não ter assistido ao seu jogo. Se o garoto nem ao menos
comentar sobre o jogo da próxima vez em que os dois se encontrarem, isso pode
sinalizar muita coisa.
Desenvolva seu
ambiente:
O ambiente de uma história pode
ser crucial ou ter pouca importância em relação aos eventos que se desdobram.
Se sua história for ambientada em uma casa genérica que tenha pouca relação com
a história, tudo bem. Mas se um marido invade a casa que ele compartilha com a
esposa, então todo detalhe é importante, pois isso pode revelar mais sobre a
relação do casal. Decida quais partes do ambiente devem ser importantes e
desenvolva-as de acordo com suas conclusões. Mesmo que o ambiente não seja tão
crucial para sua história, evite confundir o leitor. Permita que ele saiba onde
os eventos estão ocorrendo, mesmo que seja uma cidade rural ou uma escola no
meio do nada. E o período de tempo também pode ser considerado parte do
ambiente. Se sua história ocorre nos anos 50, afirme a época diretamente para
que ele não fique pensando que a narrativa está no presente. E pesquise sobre a
época, para utilizar cenários e roupas condizentes com o estilo daquele tempo
em suas cenas. E, além disso, não comece uma história sobre um assunto
que você não domina muito bem. Isso fará com que você perca a paixão por sua
história, o que poderá levá-lo a abandonar o projeto.
Se sua
história for criada, por exemplo, no The Sims 4, a Galeria está cheia de criações
incríveis que você pode usar como cenário para suas cenas. Lotes e cômodos
inteiros podem ser encontrados dentro de diversos temas. Ou você pode criar
seus próprios cenários! :)
Desenvolva sua voz:
Na escrita, a voz é o estilo
único que suas palavras possuem quando estão no papel. É o seu jeito de
escrever, seu estilo. No começo, é natural que escritores tentem imitar seus
autores prediletos. Porém, enquanto evolui como escritor, você deverá encontrar
um jeito único de expressar seus pensamentos e ideias. Não confunda isso com
escrever com muitos erros ou não; como escritor, você precisa sempre se
preocupar em escrever o mais corretamente possível: a ortografia, a pontuação,
a concordância, você precisa dar atenção a essas coisas. E a “voz” descreve
como soam as palavras do autor, e não como soam as palavras de um personagem. Cada
palavra colocada na história contribui para a voz do autor.
Evite as
armadilhas da escrita nas histórias:
Apesar de haver algumas dicas,
não existem regras precisas e rápidas sobre o que constitui uma boa história e
o que constitui uma péssima história. Ainda assim, você pode melhorar suas
chances de escrever uma boa história evitando alguns erros comuns cometidos por
alguns escritores. Aqui estão algumas coisas que devem ser pensadas enquanto
você prossegue escrevendo:
· Evite a “lixeira de informações”: não diga ao leitor tudo o que
acha que ele precisa saber logo no início da história. Se você passar
um longo tempo descrevendo personagens, ou o mundo onde eles vivem, ou as
criaturas que habitam aquele lugar ou as ações, antes de algo acontecer, seu
leitor se cansará. Vá devagar; use cenas separadas para explicar as coisas, sem
pressa; apresente os personagens aos poucos; apresente o mundo sem correria; o
leitor não precisa saber de tudo; ele precisa entender e, para isso, precisa
receber as informações aos poucos para que a assimile bem e consiga acompanhar
a história sem ficar confuso; aqui também podemos citar aquele problema de
apresentar vários personagens de vez, sem trabalhar cada um separadamente em
cenas bem feitas e que não sejam irrelevantes; é melhor montar um início
simples e efetivo do que tentar elaborar algo mais complexo e os leitores
ficarem perdidos; menos é mais;
· Evite finais enganadores: ninguém gosta de ler uma
história apenas para descobrir que tudo foi um sonho, ou que a história foi
contada a partir do ponto de vista de um alienígena (quando ninguém esperava
isso);
· Mantenha a simplicidade: você pode achar que usar
linguagem elevada e rebuscada é o melhor jeito de escrever. Caso esteja
escrevendo uma história sobre a vida da elite em um castelo ornamentado, isso
pode ser sua melhor aposta. Porém, para a maioria dos conceitos, o ideal é
manter a simplicidade. Para evitar a repetição de palavras, utilize seus
sinônimos; eis AQUI um ótimo site para isso; e procure
melhorar seu vocabulário e sua escrita: encontre a palavra exata para aquilo
que quer; o personagem está triste ou agitado? Pesquise e pense sobre as
conotações das palavras. Manter a simplicidade não significa escrever errado. E
claro que todos os escritores comentem erros, mas a ideia é sempre buscar o
aprimoramento.
· Evite exposições no diálogo: a narração e a falta de
diálogos devem transmitir informações básicas acerca da história. Diálogos
devem ser usados para fornecer mais informações sobre os personagens e suas
lutas e relacionamentos, sem ceder “os fatos” da história. Por exemplo: um
personagem não deveria dizer: “Sam, apesar de você ter vinte anos e este ser
seu segundo ano em Harvard,...”, pois isso seria algo que ambos já conhecem. A
não ser, claro, que esse personagem esteja dizendo isso para jogar na cara do
Sam essas informações.
· Evite
baixaria: cenas de brigas, confusões e barracos podem acontecer em sua
história, claro, mas evite utilizar linguagem vulgar e o uso excessivo de
palavrões. Com tantas histórias Sims (feitas com imagens ou vídeos) apelando
para baixarias, torne a sua elegante e agradável de ler. Substitua palavrões
por símbolos como $#@¨&*%. Ou, por exemplo, ao invés de seu personagem dizer
“#@$% o chefe!”, ele poderia dizer: “Estou pirado com meu chefe!”, ou algo
equivalente. Você pode também substituir os palavrões por palavras mais
neutras, como: droga, porcaria, caramba, etc. E lembre-se que, se você está fazendo uma história no The
Sims, esse jogo recebeu do Ministério da
Justiça a classificação indicativa de "não recomendado para menores de 12
anos". Mas caso deseje escrever uma história Sim com temática mais adulta,
informe a classificação
indicativa no início de sua história e apenas
divulgue histórias 18+ em comunidades, no Facebook (por exemplo), voltadas para
jogadores com 18 anos ou mais. Seja responsável.
· Demonstre sempre o que está em
jogo: qualquer
leitor deve conseguir responder “o que está em jogo” enquanto lê a história e
após tê-la terminado. A história terá falhado caso o leitor a finalize sem
compreender o objetivo do texto.
Revise
sua História
Guarde a história
e retorne a ela mais tarde:
Dê uma pausa na sua história,
mesmo que seja apenas por um dia. Em seguida, leia-a com novos olhos e tente
enxergá-la na perspectiva de um leitor. Como leitor, quais frases você acha
desnecessárias ou confusas? Quais fatos permaneceram nebulosos? Quais pontos da
trama são muito óbvios ou muito complicados? Ler seu próprio trabalho com novos
olhos pode lhe dar uma perspectiva renovada sobre o que precisa mudar. Assim, escreva sua história em um documento
do Word. Isso vai ajudá-lo MUITO posteriormente, principalmente quando você
for passar sua história para o Blogger.
Consiga feedback:
Você pode compartilhar sua
história com amigos próximos, escritores, professores ou até grupos literários
caso esteja pronto para exibir o texto para o mundo. Certifique-se de não pedir
para que as pessoas opinem sobre sua história enquanto ela não estiver completa
ou você se sentirá diminuído pela crítica. Estude mais os pontos da Língua
Portuguesa onde você tem mais dúvidas e dificuldades, mantendo-se, assim,
sempre em busca da boa escrita; isso o ajudará a ganhar uma nova perspectiva
quanto ao seu texto; e para que o feedback seja útil, você terá que ser
receptivo. Se você acha que escreveu a história mais perfeita do mundo, acabará
não escutando o que os outros têm a dizer. Escute e tente melhorar no que lhe
foi apontado.
Certifique-se de
que você esteja dando sua história aos leitores certos:
Talvez você não ganhe o melhor
dos feedbacks caso entregue um conto de ficção científica para alguém que não
gosta desse gênero.
Revise a história
usando vários truques:
Existem milhares de maneiras de
se revisar uma história; e tudo depende de como o primeiro rascunho do trabalho
parece e de quanto trabalho ainda deve ser feito. E não se sinta desencorajado
caso tenha de mudar tudo no trabalho. Se você não gostou de certa
cena que escreveu, não tenha pena: delete. Pois se você mesmo não gostou, por
que o leitor gostaria? Então não tenha preguiça ou medo de mudar. Eu mesma já
deletei e refiz cenas inteiras em minhas histórias apenas porque não achei que
estivessem interessantes o suficiente. Então faça isso e siga em frente.
E enquanto você revisa, eis
alguns elementos que devem ser levados em consideração:
· A necessidade de se mudar um
ponto de vista:
talvez você tenha pensado que sua história funcionava melhor na primeira
pessoa; porém, ao lê-la pela segunda vez, você percebeu que a terceira pessoa
seria melhor; então mude;
· Corte a confusão: pergunte-se se você entenderia
completamente o que se passa na história caso não a tivesse escrito. Talvez os
conceitos sejam claros para você, mas seus leitores podem se sentir confusos; além
disso, você sempre pode colocar aquela informação, que acha necessária, em
outra cena mais adiante e de maneira mais clara; por isso, certifique-se de que
a trama não seja muito confusa. Pare um pouco se muitas coisas estiverem
acontecendo ao mesmo tempo. Dê uma pequena pausa e limpe sua mente. Reler a
história desde o início dela é sempre uma boa ideia, pois isso lhe dá novas
perspectivas e lhe ajuda a pensar acerca de qual caminho seguir;
· Faça mais pesquisas quando
necessário: um
de seus personagens é um advogado e precisa defender um criminoso? Pesquise
sobre as leis; ou crie as leis em sua história, mas tente fazê-las parecer
reais e sérias. Se vai usar algum tema, pesquise sobre ele antes;
· Seja persistente: quando se frustrar, lembre-se
de que o primeiro rascunho de uma história jamais é 100% bom, mas ao revisar na
segunda/terceira/quarta vez, sua história pode se tornar ainda melhor e
incrível.
Dicas
Use linguagem
sensorial:
Este é o segredo de prender a
atenção de seu leitor. Certifique-se de que seu público possa “ver, cheirar e
ouvir” o ambiente da história. Pinte um quadro através de suas palavras. Você
não quer que o livro seja chato ou vago; você quer que o leitor imagine como
são as coisas. Novamente: não descreva cada folha de cada árvore para não criar
um roteiro arrastado.
Pense bastante
sobre seus personagens:
Quem eles são, como são, o que
querem, do que têm medo, como é o ambiente onde vivem (período, localização) e o
conflito que possuem (pessoa contra pessoa, pessoa contra sociedade, pessoa
contra destino). São esses elementos que tornam a história interessante. E é natural
e fácil usar descrições fechadas de pessoas que você conhece bem, como
familiares e até amigos, ou amigos de amigos. Mas, se fizer isso, disfarce os
personagens o suficiente para evitar ofender essas pessoas, caso contrário,
você pode ser descoberto e ser visto de maneira negativa por algum tempo; e
lembre-se de que o humor e até a personalidade dos personagens mudam; eles
podem ficar agitados e mal-humorados rapidamente. Além disso, faça com que as
ações dos personagens correspondam à idade e/ou maturidade deles.
Pessoas nem sempre
conversam usando frases completas:
Às Vezes, elas dão respostas
diretas e monossilábicas. Portanto, use, ocasionalmente, palavras vagas como “Aham...
Hmm... Hum, hum... Ok... Tá... Entendi...”, etc. Não exagere! O bom diálogo não
precisa soar exatamente como uma conversa real: é uma conversa real sem todas
as suas partes entediantes.
Tente não arrastar
a história:
Não prolongue o assunto. Dê
detalhes o bastante para encorajar tanto a compreensão quanto o interesse.
Converse com alguém mais experiente em escrever histórias:
Isso o
ajudará a ampliar sua compreensão do assunto.
Ouça músicas inspiradoras antes e durante o processo de escrita:
Faça isso
no momento que achar melhor.
Anote suas ideias:
Considere
anotar todas as suas ideias principais no mesmo lugar, de maneira que você
sempre possa consultá-las e não se esqueça de nada.
Não se ache, mas não se diminua:
Não se
envergonhe de seu trabalho, orgulhe-se dele. A vergonha pode levá-lo a duvidar
de sua capacidade de escrever; no entanto, quando você revisar o início de sua
história, não se gabe dela. O que pode parecer bom para você, pode não parecer
tão bom para outras pessoas. Respeite isso. Nem todos gostarão do que você
escreve. Normal. Saiba lidar com isso.
Edite, edite,
edite:
Verifique pontuação, ortografia,
gramática e sintaxe, é claro, mas não ignore as grandes questões. As ações e
respostas do personagem são plausíveis? Você tomou atalhos na trama, tornando-a
mundana ou superficial? Utilize experiências de sua vida como inspiração.
Falta de
criatividade é muito comum:
Você ficará frustrado algumas
vezes, ou até desanimado, mas não desista! Dê pausas e descanse sua mente. E saiba
que escritores sofrem bloqueios de vez em quando. Estes bloqueios os tornam
incapazes de continuar escrevendo por um tempo. Então procure não se frustrar
com isso. Dê um passeio, descanse ou ouça alguma música inspiradora antes de
recomeçar.
NUNCA PLAGIE:
É
crime! Copiar
algum texto, completa ou parcialmente, sem
dar os devidos créditos, é crime com pena prevista em lei. Para fazer uma história interessante,
jamais plagie o trabalho de alguém. Escrever uma boa história pode ser um
processo demorado, portanto, seja paciente. Além disso, isso só faz com
que você se engane e leve crédito pelo trabalho dos outros. Então não faça
isso. Empenhe-se e você
vai conseguir!
Espero que tenha gostado! Na
parte 2, aprenderemos como montar a história no Word!
Sul-sul! :)
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