quinta-feira, 16 de março de 2017

Tuto1 - P1 - A História


TUTORIAL
Como Criar uma História Feita no The Sims e Colocá-la no Blogger

Dica: para uma melhor visualização (zoom), segure Ctrl e aperte o sinal de + no seu teclado (aperte - para diminuir).



PARTE 1 – A História1

1 Nota: o texto abaixo é o excelente texto encontrado aqui na WikiHow. Nele, adicionei ideias e retirei/modifiquei outros pontos baseando-me em minha própria experiência como autora.


Olá! Então você deseja criar sua própria história no The Sims (usando imagens do jogo) e colocá-la em um blog todinho seu? Então primeiro você precisa saber que história deseja contar! E a criação de sua história é o passo mais importante desse processo. Assim, vamos começar falando sobre esse tópico! Como criar uma história? Onde inspirar-se? Como iniciá-la? Como apresentar os personagens? O que se deve evitar? Essa e muitas outras perguntas são respondidas abaixo! Portanto, leia e absorva o máximo de informações que puder! Depois, mãos à obra! Coloque sua capacidade criativa em prática! :)



Inspire-se
Desenvolva sua História
Revise sua História



Inspire-se


Inspire-se ao prestar atenção no mundo. Aqui estão alguns ótimos jeitos para você reunir os detalhes que podem levá-lo a contar uma boa história:

Assista às notícias locais:
Elas podem lhe inspirar ao contar casos que despertem em você boas ideias! Por exemplo: talvez um ator tenha falado sobre sua infância em um talk show, com algumas frases curtas, e você repentinamente se sentiu fascinado sobre como foi a vida dele. E isso já pode lhe inspirar de forma que você crie uma história única e incrível!


Note características interessantes de personalidade:
Talvez você tenha notado que os vizinhos conversam com suas plantas ou que eles levam o gato para passear a cada manhã. Tente pensar sobre a vida oculta de alguma dessas pessoas e veja se uma história se desenvolve.

Preste atenção em seu ambiente:
Talvez você veja um buquê de rosas caído na sarjeta, ou um par novo de tênis em um banco da praça ou até bagunça na sua cozinha. Como esses itens chegaram nesses lugares?


Preste atenção no que as pessoas lhe dizem e nas histórias que lhe contam:
Até mesmo uma única frase interessante pode inspirá-lo a escrever uma história inteira. Talvez alguém lhe diga: “Laura Caixão foi levada por ets em um dos The Sims”, ou “meu Sim coleciona rãs e elas são seus pets”. Isso é o bastante para começar uma história? Claro! Mas também preste atenção quando um de seus amigos disser: “você não vai acreditar no que aconteceu comigo na semana passada!...”. Você pode ter o começo de uma história em mãos. Se sua mãe ou avó sempre estiverem contando-lhe histórias sobre a infância, comece a escrevê-las. Tente imaginar como era crescer em um tempo ou lugar diferente e comece a escrever as possibilidades. Não se desanime caso não saiba tudo sobre tal período de tempo; você sempre pode pesquisar. Apenas esteja avisado: se você ganhar a reputação de escritor que “rouba” as histórias que as pessoas lhes contam, usando-as para ficção, muitos hesitarão quando quiserem lhe falar algo. E lembre-se de NUNCA copiar as histórias de outros escritores: pode ser que você não saiba, mas copiar algum texto completa ou parcialmente, sem dar os devidos créditos, é crime com pena prevista em lei.


Inspire-se pelo cenário “E se...”
Este é outro grande meio de se começar uma história. Ao prestar atenção no mundo, você deverá observar, além das realidades, as possibilidades dele. Ao ficar atento a uma história ou imagem, pergunte-se: “mas o que teria acontecido se isso/aquilo ocorresse?”, ou “o que essa pessoa faria se...”. Seguindo essa linha de pensamento, você poderá explorar os mistérios que lhe atormentam. O cenário “E se...?” pode ser prático ou completamente fantástico. Você pode se perguntar: “e se meu Sim descobrisse que vive em um mundo de jogo?”, ou “e se meu Sim quer ser famoso, mas não sabe como?”.

Inspire-se pelas suas experiências:
Apesar de histórias curtas pertencerem à categoria de escrita de ficção, muitos trabalhos fictícios são altamente autobiográficos. Caso esteja escrevendo um trabalho sobre algo que tenha acontecido a você ou a alguém conhecido, isso seria considerado não-ficção; porém, inspirar-se por experiências próprias e levá-las para um nível novo e ficcional é um ótimo plano para escrever uma história, especialmente em momentos em que o escritor “não tenha assunto”.


Escrever sobre o que sabe; ou não:
Recomenda-se que você deva escrever sobre o que você conhece. Isso significa que você deveria começar em território familiar, passando, posteriormente (e se desejar) a explorar algo que lhe deixou curioso ou que lhe pareça estranho nesse mesmo tema. Pois se você se confortar demais escrevendo apenas sobre coisas que conhece, acabará não dando espaço para a criatividade. Por exemplo, talvez você tenha tido um amigo de infância que foi embora sem avisar, ou talvez ande pensando sobre o que aconteceu com aquele seu professor preferido. Você pode escrever contando o que lhes aconteceu (de acordo com sua imaginação). Explore esse mundo e ponha-o no papel.

Inspire-se por um ambiente:
Uma história pode vir de um forte sentimento acerca de um lugar. Você não precisa se inspirar por uma praia paradisíaca ou por suas férias incríveis em Veneza. Em vez disso, inspire-se do normal. Pense em como era passar o verão no pomar de sua avó quando você era criança; lembre-se de como era brincar com seu amigo no quintal de casa na época da escola; ou de como era bom quando sua mãe lia histórias para você antes que dormisse. Escrever sobre um lugar pode levá-lo a desenvolver personagens e conflitos interessantes.


Inspire-se através de um exercício de escrita:
Exercícios de escrita vêm ajudando muitos escritores a desenvolverem a criatividade, a encontrarem inspiração em lugares improváveis, e a se forçarem a escrever mesmo com “falta de ideias”. Aqui estão alguns ótimos exercícios para você começar: 

·       Comece uma história com a seguinte frase: “jamais contei isso a alguém antes”;

·      Observe a imagem de uma fazenda. Em seguida, descreva-a do ponto de vista de alguém que amava o lugar, mas que precisou vendê-lo. Depois, faça isso novamente do ponto de vista de uma mulher que comprou essa fazenda, mas que ainda não sabe como cuidar do lugar. Veja como os pensamentos dos personagens podem influenciar a maneira deles de ver o mundo;

·    Escolha uma pessoa de sua vida que seja absolutamente odiosa. Agora, tente escrever uma história do ponto de vista dela. Tente fazer o leitor simpatizar com essa pessoa o máximo possível;

·  Permita que um personagem lhe surpreenda: escreva sobre um personagem que você aparentemente conhece bem, e permita que essa pessoa faça algo completamente inesperado. Veja o que acontece em seguida;

·   A discussão: faça dois personagens discutirem sobre algo completamente mundano, como quem levará o lixo para fora, ou quem pagará o cinema. Esclareça que essa discussão é realmente sobre algo maior e mais sério, como quem irá terminar o relacionamento, ou quem está dando muito e recebendo pouco. Tente permitir que o diálogo faça todo o trabalho;

·   Linguagem corporal: escreva 500 palavras que descrevam dois personagens que estejam sentados próximos um do outro. Sem usar diálogo, permita que o leitor veja exatamente como cada personagem se sente em relação ao outro.


Inspire-se lendo e comentando histórias:
Se quiser dominar a arte de contar histórias, você deve ler a maior quantidade de trabalhos artísticos que puder. Aqui em meu Blog, em “Recomendo”, na barra lateral, você pode ler várias histórias, com diferentes temas e estilos de escrita. Leia e comente em cada uma delas! Leia para enriquecer seu vocabulário e para que você aprenda a reconhecer os estilos; e comente para exercitar sua escrita. Até porque, quando você se tornar um autor, você entenderá a importância dos comentários dos leitores e desejará receber esse feedback.



Desenvolva sua História


Desenvolva um Foco Narrativo:
A maioria das histórias é escrita em primeira, segunda ou terceira pessoa. Se você estiver começando, é melhor se acostumar a um único ponto de vista. Aqui estão os três tipos de Foco e como eles são usados:

·         A Primeira Pessoa: a primeira pessoa é contada diretamente da perspectiva de um personagem que usa o “Eu” para se referir a si mesmo. Exemplo de escrita em primeira pessoa: “Eu jamais contei isso para alguém antes”;

·         A Segunda Pessoa: a segunda pessoa aborda o leitor diretamente com o “você”. Como em: “você caminhou em direção ao escritório”. Essa pode ser uma grande técnica para conquistar o leitor, mas também é meio exagerada; definitivamente não é a minha preferida;

·         A Terceira Pessoa: a terceira pessoa é quando você escreve sobre um personagem usando “ele” ou “ela” a partir de uma perspectiva externa, como: “ele estava cansado”. Na terceira pessoa, o autor pode se aproximar dos pensamentos de um personagem ou se distanciar dele. Ex.: “ele só queria demonstrar o quanto estava apaixonado por sua esposa. Assim, começou a ler um poema para sua amada, sentindo-se feliz ao perceber que ela estava encantada com suas palavras.”.


Desenvolva seu enredo:
Toda história deve ter um enredo que conquiste o leitor, levando-lhe a perguntar o que acontecerá em seguida. Isso pode acontecer, por exemplo, com uma perseguição em alta velocidade, um assassinato, OU seus leitores podem querer saber o que acontece em seguida mesmo que a única coisa acontecendo seja duas pessoas conversando em uma lanchonete. Apesar de cada história ser diferente, aqui estão alguns elementos básicos de um texto ficcional:

·    A Ação/Exposição Crescente: isso tipicamente surge no início de uma história, quando os leitores são apresentados aos personagens principais, ao ambiente e ao conflito central. Porém, algumas histórias começam direto no meio da ação e fazem os leitores recuarem no tempo para descobrir o que está acontecendo.

MAS ATENÇÃO: aqui é preciso ter muito cuidado na apresentação dos personagens: apresentar vários deles ao mesmo tempo, apenas fornecendo nome e o que fazem, não vai prender o leitor; e é capaz desse leitor nem se lembrar mais de cada um no final da história (e o pior: nem lê-la mais).
Monte cenas específicas onde seus personagens serão apresentados devagar. Comece aos poucos. Exemplo: na primeira cena, Paulo (1) e Renato (2) discutem no apartamento do primeiro, enquanto Pedro (3) dá risada. Na segunda cena, vemos Paulo (1) no bar onde trabalha, reclamando com seu chefe Antônio (4) sobre a briga com Renato (2). Em uma terceira cena, vemos Pedro (3), em uma praça pública, contando sobre a discussão para sua namorada Marisa (5). Na quarta cena, Marisa (5) decidiu conversar com Paulo (1), na casa dela, e eles acabaram se beijando, o que gerará um atrito futuro entre Paulo (1) e Pedro (3). Cinco personagens apresentados utilizando cenas diferentes e lugares distintos (apartamento de Paulo; bar onde Paulo trabalha; pracinha; casa de Marisa). Dessa forma, você consegue focar melhor em cada um e familiarizá-los com o leitor.
Um péssimo jeito de fazer isso é simplesmente escrever: 1, 2, 3, 4 e 5 são os personagens desta história. 1 faz isso, 2 faz aquilo, etc. 1 é assim, 2 é assado, 3 é desse jeito, etc. Dessa forma, a graça se perde e o interesse do leitor (geralmente) diminui.

·    O Conflito: as coisas em jogo. Deve haver algo em jogo em cada história, ou o leitor não desejará continuar a ler, independentemente da beleza da linguagem apresentada. Toda história precisa de um conflito ou de um ponto de tensão; pode ser tão dramática quanto dois homens brigando pela mesma mulher, ou uma menina imaginando se a amiga dela irá convidá-la para uma festa. A natureza do conflito não é importante; o que é importa é que seus leitores se interessem pelo que acontece.

·      A Ação Decrescente: a conclusão da história. Após o conflito ter sido resolvido ou discutido, a história terá de se fechar. A maioria das histórias curtas não possui finais felizes ou finais fechados. Muitas histórias terminam com uma palavra ou imagem que faz o leitor pensar. Ou a história pode amarrar todas as pontas soltas, resolvendo todo ou parte do mistério por trás dela. E caso seja uma história longa, cuja conclusão não é uma, mas várias, por haver vários conflitos, tente sempre finalizar todos os conflitos aos poucos, durante os capítulos, mas deixe o principal para ser resolvido no final. E, se sua história continuar (se houver mais capítulos a serem apresentados), feche cada capítulo de maneira que o leitor deseje ver a continuação da história, como uma novela. IMPORTANTE: você não precisa saber o final da história quando começar. Na verdade, saber de pouca coisa da história antes de começar fará você explorar mais possibilidades criativas, dando força ao seu trabalho.


Desenvolva seus personagens:
Sua história precisa ter um personagem (ou um grupo deles) que faça seu leitor se importar e até torcer, mesmo que tal personagem não seja um cidadão de bem ou uma pessoa de boa índole. Você pode caracterizar seus personagens de inúmeras maneiras e todas elas são válidas. Aqui estão alguns jeitos de fazer seus leitores sentirem fortemente os personagens:

·      Descreva o que eles dizem: a perfeita linha de diálogo pode exibir um pouco das intenções do personagem; e o diálogo precisa combinar com aquilo que o personagem está pensando e com a personalidade do mesmo. Ele fala muitas gírias? Ou ele fala muito certinho? Desenvolva o jeito que eles falam;
·      Descreva o que eles fazem: o personagem acorda sempre às seis da manhã sem um alarme, ou ele passa horas apertando o botão “soneca” antes de acordar? Toda ação pode ajudar a construir o personagem, por mais insignificante que ela pareça de início;
·      Cuide da aparência deles: o personagem se veste formalmente para ir ao supermercado? Ou sorri maniacamente durante um momento de tristeza profunda? A aparência física do personagem pode revelar detalhes de seu estado mental; e, quando dentro de seu jogo (TS1, TS2, TS3 ou TS4), se seu personagem tem um estilo, tipo “cowboy”, vista-o dessa maneira. A maneira como ele se arruma vai falar muito sobre a personalidade dele;
·       Descreva como eles interagem com os outros: seu personagem é irremediavelmente tímido? Ou tão mandão que todos ao redor dele sentem medo de falar com ele? Ele é legal com garçons pelo fato de a mãe dele ser uma garçonete? Ou ele age feito idiota com os garçons por uma garçonete ter lhe partido o coração (ou só por vontade mesmo)? Ele é muito preocupado com a aparência e por isso exige o mesmo dos amigos que estão perto dele? Ou ele não se preocupa com seu visual e é mal visto pela turma de colegas esnobes que ele tem na escola? Ver um personagem interagindo com o mundo pode revelar muito de sua personalidade.


Desenvolva os diálogos:
Os diálogos marcam as palavras que os personagens dizem e são precedidos por um travessão (—; no Windows 10, use Alt + 0151 para criar um travessão). O travessão aparece ANTES da fala e, caso haja ação do personagem depois, ele aparece separando fala de ação. Já o pensamento de um personagem, em geral, abre um parágrafo iniciado com aspas (e pode vir em itálico). 
Veja os exemplos abaixo, crie seus próprios diálogos com base neles e se lembre de que é importante que o modelo seja seguido, visto que muitos escritores pecam ao não respeitar, por exemplo, o espaço:

Exemplo 1 (conversa):
— A questão é que eu não estou feliz com isso! — Cassandra reclamou.
— Querida, todo adolescente tem horário para chegar em casa. — Laura disse para a filha, tentando não perder a paciência.
Modelo: travessão / espaço / fala / pontuação / espaço / travessão / espaço / ação.

Exemplo 2:
— Mas eu sou quase uma jovem adulta, mamãe! — Cassandra disse, irritada. — É um absurdo meu horário ser tão restrito!
Modelo: travessão / espaço / fala / pontuação / espaço / travessão / espaço / ação / espaço / travessão / espaço / fala / pontuação /.

Exemplo 3 (pensamento):
"Ai, lidar com adolescente é tão complicado!", pensou Laura.
Ou com itálico:
"Ai, lidar com adolescente é tão complicado!", pensou Laura.
Modelo: aspas / pensamento / pontuação / aspas / vírgula / espaço / pensou fulano.


Diálogos podem revelar muito sobre os personagens a partir do que eles dizem e escolhem não dizer. Você precisa criar diálogos que duas pessoas normais poderiam ter, sem parecer algo forçado ou estranho. Leia seu diálogo em voz alta para saber se ele parece algo que as pessoas diriam. O diálogo entre os personagens também pode fazer o leitor compreender melhor a dinâmica entre eles. E preste atenção ao que não é dito também. Por exemplo: suponhamos que um garoto, jogador de futebol, esteja triste por seu pai não ter assistido ao seu jogo. Se o garoto nem ao menos comentar sobre o jogo da próxima vez em que os dois se encontrarem, isso pode sinalizar muita coisa.


Desenvolva seu ambiente:
O ambiente de uma história pode ser crucial ou ter pouca importância em relação aos eventos que se desdobram. Se sua história for ambientada em uma casa genérica que tenha pouca relação com a história, tudo bem. Mas se um marido invade a casa que ele compartilha com a esposa, então todo detalhe é importante, pois isso pode revelar mais sobre a relação do casal. Decida quais partes do ambiente devem ser importantes e desenvolva-as de acordo com suas conclusões. Mesmo que o ambiente não seja tão crucial para sua história, evite confundir o leitor. Permita que ele saiba onde os eventos estão ocorrendo, mesmo que seja uma cidade rural ou uma escola no meio do nada. E o período de tempo também pode ser considerado parte do ambiente. Se sua história ocorre nos anos 50, afirme a época diretamente para que ele não fique pensando que a narrativa está no presente. E pesquise sobre a época, para utilizar cenários e roupas condizentes com o estilo daquele tempo em suas cenas. E, além disso, não comece uma história sobre um assunto que você não domina muito bem. Isso fará com que você perca a paixão por sua história, o que poderá levá-lo a abandonar o projeto.
Se sua história for criada, por exemplo, no The Sims 4, a Galeria está cheia de criações incríveis que você pode usar como cenário para suas cenas. Lotes e cômodos inteiros podem ser encontrados dentro de diversos temas. Ou você pode criar seus próprios cenários! :)


Desenvolva sua voz:
Na escrita, a voz é o estilo único que suas palavras possuem quando estão no papel. É o seu jeito de escrever, seu estilo. No começo, é natural que escritores tentem imitar seus autores prediletos. Porém, enquanto evolui como escritor, você deverá encontrar um jeito único de expressar seus pensamentos e ideias. Não confunda isso com escrever com muitos erros ou não; como escritor, você precisa sempre se preocupar em escrever o mais corretamente possível: a ortografia, a pontuação, a concordância, você precisa dar atenção a essas coisas. E a “voz” descreve como soam as palavras do autor, e não como soam as palavras de um personagem. Cada palavra colocada na história contribui para a voz do autor.


Evite as armadilhas da escrita nas histórias:
Apesar de haver algumas dicas, não existem regras precisas e rápidas sobre o que constitui uma boa história e o que constitui uma péssima história. Ainda assim, você pode melhorar suas chances de escrever uma boa história evitando alguns erros comuns cometidos por alguns escritores. Aqui estão algumas coisas que devem ser pensadas enquanto você prossegue escrevendo:

·    Evite a “lixeira de informações”: não diga ao leitor tudo o que acha que ele precisa saber logo no início da história. Se você passar um longo tempo descrevendo personagens, ou o mundo onde eles vivem, ou as criaturas que habitam aquele lugar ou as ações, antes de algo acontecer, seu leitor se cansará. Vá devagar; use cenas separadas para explicar as coisas, sem pressa; apresente os personagens aos poucos; apresente o mundo sem correria; o leitor não precisa saber de tudo; ele precisa entender e, para isso, precisa receber as informações aos poucos para que a assimile bem e consiga acompanhar a história sem ficar confuso; aqui também podemos citar aquele problema de apresentar vários personagens de vez, sem trabalhar cada um separadamente em cenas bem feitas e que não sejam irrelevantes; é melhor montar um início simples e efetivo do que tentar elaborar algo mais complexo e os leitores ficarem perdidos; menos é mais;


·      Evite finais enganadores: ninguém gosta de ler uma história apenas para descobrir que tudo foi um sonho, ou que a história foi contada a partir do ponto de vista de um alienígena (quando ninguém esperava isso);

·   Mantenha a simplicidade: você pode achar que usar linguagem elevada e rebuscada é o melhor jeito de escrever. Caso esteja escrevendo uma história sobre a vida da elite em um castelo ornamentado, isso pode ser sua melhor aposta. Porém, para a maioria dos conceitos, o ideal é manter a simplicidade. Para evitar a repetição de palavras, utilize seus sinônimos; eis AQUI um ótimo site para isso; e procure melhorar seu vocabulário e sua escrita: encontre a palavra exata para aquilo que quer; o personagem está triste ou agitado? Pesquise e pense sobre as conotações das palavras. Manter a simplicidade não significa escrever errado. E claro que todos os escritores comentem erros, mas a ideia é sempre buscar o aprimoramento.

·    Evite exposições no diálogo: a narração e a falta de diálogos devem transmitir informações básicas acerca da história. Diálogos devem ser usados para fornecer mais informações sobre os personagens e suas lutas e relacionamentos, sem ceder “os fatos” da história. Por exemplo: um personagem não deveria dizer: “Sam, apesar de você ter vinte anos e este ser seu segundo ano em Harvard,...”, pois isso seria algo que ambos já conhecem. A não ser, claro, que esse personagem esteja dizendo isso para jogar na cara do Sam essas informações.

·       Evite baixaria: cenas de brigas, confusões e barracos podem acontecer em sua história, claro, mas evite utilizar linguagem vulgar e o uso excessivo de palavrões. Com tantas histórias Sims (feitas com imagens ou vídeos) apelando para baixarias, torne a sua elegante e agradável de ler. Substitua palavrões por símbolos como $#@¨&*%. Ou, por exemplo, ao invés de seu personagem dizer “#@$% o chefe!”, ele poderia dizer: “Estou pirado com meu chefe!”, ou algo equivalente. Você pode também substituir os palavrões por palavras mais neutras, como: droga, porcaria, caramba, etc. E lembre-se que, se você está fazendo uma história no The Sims, esse jogo recebeu do Ministério da Justiça a classificação indicativa de "não recomendado para menores de 12 anos". Mas caso deseje escrever uma história Sim com temática mais adulta, informe a classificação indicativa no início de sua história e apenas divulgue histórias 18+ em comunidades, no Facebook (por exemplo), voltadas para jogadores com 18 anos ou mais. Seja responsável.


·       Demonstre sempre o que está em jogo: qualquer leitor deve conseguir responder “o que está em jogo” enquanto lê a história e após tê-la terminado. A história terá falhado caso o leitor a finalize sem compreender o objetivo do texto.


Revise sua História


Guarde a história e retorne a ela mais tarde:
Dê uma pausa na sua história, mesmo que seja apenas por um dia. Em seguida, leia-a com novos olhos e tente enxergá-la na perspectiva de um leitor. Como leitor, quais frases você acha desnecessárias ou confusas? Quais fatos permaneceram nebulosos? Quais pontos da trama são muito óbvios ou muito complicados? Ler seu próprio trabalho com novos olhos pode lhe dar uma perspectiva renovada sobre o que precisa mudar. Assim, escreva sua história em um documento do Word. Isso vai ajudá-lo MUITO posteriormente, principalmente quando você for passar sua história para o Blogger.

Consiga feedback:
Você pode compartilhar sua história com amigos próximos, escritores, professores ou até grupos literários caso esteja pronto para exibir o texto para o mundo. Certifique-se de não pedir para que as pessoas opinem sobre sua história enquanto ela não estiver completa ou você se sentirá diminuído pela crítica. Estude mais os pontos da Língua Portuguesa onde você tem mais dúvidas e dificuldades, mantendo-se, assim, sempre em busca da boa escrita; isso o ajudará a ganhar uma nova perspectiva quanto ao seu texto; e para que o feedback seja útil, você terá que ser receptivo. Se você acha que escreveu a história mais perfeita do mundo, acabará não escutando o que os outros têm a dizer. Escute e tente melhorar no que lhe foi apontado.


Certifique-se de que você esteja dando sua história aos leitores certos:
Talvez você não ganhe o melhor dos feedbacks caso entregue um conto de ficção científica para alguém que não gosta desse gênero.

Revise a história usando vários truques:
Existem milhares de maneiras de se revisar uma história; e tudo depende de como o primeiro rascunho do trabalho parece e de quanto trabalho ainda deve ser feito. E não se sinta desencorajado caso tenha de mudar tudo no trabalho. Se você não gostou de certa cena que escreveu, não tenha pena: delete. Pois se você mesmo não gostou, por que o leitor gostaria? Então não tenha preguiça ou medo de mudar. Eu mesma já deletei e refiz cenas inteiras em minhas histórias apenas porque não achei que estivessem interessantes o suficiente. Então faça isso e siga em frente.
E enquanto você revisa, eis alguns elementos que devem ser levados em consideração:

·      A necessidade de se mudar um ponto de vista: talvez você tenha pensado que sua história funcionava melhor na primeira pessoa; porém, ao lê-la pela segunda vez, você percebeu que a terceira pessoa seria melhor; então mude;

·     Corte a confusão: pergunte-se se você entenderia completamente o que se passa na história caso não a tivesse escrito. Talvez os conceitos sejam claros para você, mas seus leitores podem se sentir confusos; além disso, você sempre pode colocar aquela informação, que acha necessária, em outra cena mais adiante e de maneira mais clara; por isso, certifique-se de que a trama não seja muito confusa. Pare um pouco se muitas coisas estiverem acontecendo ao mesmo tempo. Dê uma pequena pausa e limpe sua mente. Reler a história desde o início dela é sempre uma boa ideia, pois isso lhe dá novas perspectivas e lhe ajuda a pensar acerca de qual caminho seguir;


·      Faça mais pesquisas quando necessário: um de seus personagens é um advogado e precisa defender um criminoso? Pesquise sobre as leis; ou crie as leis em sua história, mas tente fazê-las parecer reais e sérias. Se vai usar algum tema, pesquise sobre ele antes;

·    Seja persistente: quando se frustrar, lembre-se de que o primeiro rascunho de uma história jamais é 100% bom, mas ao revisar na segunda/terceira/quarta vez, sua história pode se tornar ainda melhor e incrível.


Dicas


Use linguagem sensorial:
Este é o segredo de prender a atenção de seu leitor. Certifique-se de que seu público possa “ver, cheirar e ouvir” o ambiente da história. Pinte um quadro através de suas palavras. Você não quer que o livro seja chato ou vago; você quer que o leitor imagine como são as coisas. Novamente: não descreva cada folha de cada árvore para não criar um roteiro arrastado.

Pense bastante sobre seus personagens:
Quem eles são, como são, o que querem, do que têm medo, como é o ambiente onde vivem (período, localização) e o conflito que possuem (pessoa contra pessoa, pessoa contra sociedade, pessoa contra destino). São esses elementos que tornam a história interessante. E é natural e fácil usar descrições fechadas de pessoas que você conhece bem, como familiares e até amigos, ou amigos de amigos. Mas, se fizer isso, disfarce os personagens o suficiente para evitar ofender essas pessoas, caso contrário, você pode ser descoberto e ser visto de maneira negativa por algum tempo; e lembre-se de que o humor e até a personalidade dos personagens mudam; eles podem ficar agitados e mal-humorados rapidamente. Além disso, faça com que as ações dos personagens correspondam à idade e/ou maturidade deles.


Pessoas nem sempre conversam usando frases completas:
Às Vezes, elas dão respostas diretas e monossilábicas. Portanto, use, ocasionalmente, palavras vagas como “Aham... Hmm... Hum, hum... Ok... Tá... Entendi...”, etc. Não exagere! O bom diálogo não precisa soar exatamente como uma conversa real: é uma conversa real sem todas as suas partes entediantes.

Tente não arrastar a história:
Não prolongue o assunto. Dê detalhes o bastante para encorajar tanto a compreensão quanto o interesse.

Converse com alguém mais experiente em escrever histórias:
Isso o ajudará a ampliar sua compreensão do assunto.

Ouça músicas inspiradoras antes e durante o processo de escrita:
Faça isso no momento que achar melhor.


Anote suas ideias:
Considere anotar todas as suas ideias principais no mesmo lugar, de maneira que você sempre possa consultá-las e não se esqueça de nada.

Não se ache, mas não se diminua:
Não se envergonhe de seu trabalho, orgulhe-se dele. A vergonha pode levá-lo a duvidar de sua capacidade de escrever; no entanto, quando você revisar o início de sua história, não se gabe dela. O que pode parecer bom para você, pode não parecer tão bom para outras pessoas. Respeite isso. Nem todos gostarão do que você escreve. Normal. Saiba lidar com isso.

Edite, edite, edite:
Verifique pontuação, ortografia, gramática e sintaxe, é claro, mas não ignore as grandes questões. As ações e respostas do personagem são plausíveis? Você tomou atalhos na trama, tornando-a mundana ou superficial? Utilize experiências de sua vida como inspiração.

Falta de criatividade é muito comum:
Você ficará frustrado algumas vezes, ou até desanimado, mas não desista! Dê pausas e descanse sua mente. E saiba que escritores sofrem bloqueios de vez em quando. Estes bloqueios os tornam incapazes de continuar escrevendo por um tempo. Então procure não se frustrar com isso. Dê um passeio, descanse ou ouça alguma música inspiradora antes de recomeçar.

NUNCA PLAGIE:
É crime! Copiar algum texto, completa ou parcialmente, sem dar os devidos créditos, é crime com pena prevista em lei. Para fazer uma história interessante, jamais plagie o trabalho de alguém. Escrever uma boa história pode ser um processo demorado, portanto, seja paciente. Além disso, isso só faz com que você se engane e leve crédito pelo trabalho dos outros. Então não faça isso. Empenhe-se e você vai conseguir!



Espero que tenha gostado! Na parte 2, aprenderemos como montar a história no Word!
Sul-sul! :)




Nenhum comentário:

Postar um comentário